29 junho 2005

Fim de Junho






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Dias muito tranquilos me assustam. Direcionei minha ansiedade para um punhado de balinhas que eu trouxe de casa - que por sinal são deliciosas. Sol da tarde batendo na minha mesa. Eu gosto disso. Café na cozinha. Jogo do Brasil numa TV improvisada aqui no andar. Pausa para postar. Sem muita inspiração pra escrever. Ouvi um grito de gol. Não tive dúvidas e perguntei: "Gol de quem?" e o colega da baia ao lado disse "Melhores momentos, Kátia. São os melhores momentos."Dias tranquilos paralizam pensamentos.

28 junho 2005

..: O mundo numa mídia ::..

Uma mídia. Muitos arquivos. E tantas histórias. Do bolinho de chuva (esse aí embaixo) ao post da discórdia. Caramba.... foi uma viagem no tempo.
Eu não poderia deixar de publicar essa imagem que achei.
Não tô gatinha?

Um clássico

Procurando imagens. Achei um clássico. Data: treze de novembro de dois mil e dois. E eu nem poderia imaginar que alguns anos depois eu seria fã desse palhaço.
Será que ele imaginava conquistar o coração dela dessa forma arrebatadora? E ela? Será que tinha por ele a pretensão, vontade, intuição? Que loucura tudo isso... Dele sei pouco. E o pouco que sei; gosto. Conquista todo mundo rapidamente com seu coração enorme. Seu jeito despojado. Sua sempre disposição em ajudar. Criatividade e talento indiscutíveis. Seu encanto pela culinária - para nossa sorte! Seu All Star. Mochila. Lápis de cor. Máquina fotográfica. Arrisco dizer que foi peça fundamental para juntar novamente eu e ela. Gente boníssima. Da melhor qualidade. O que eu disse quando o conheci melhor? "O tipo de pessoa que você quer como amigo. Daqueles que você quer ter pra sempre." Que assim seja!

27 junho 2005

Anomalias de uma segunda-feira

Dias intensos. Sem tempo para ficar em casa. Nem no telefone. Dias de vento e frio. Noites deliciosas desde que esteja bem agasalhada. Muita gente nova em minha vida. Ciclo de amizade crescendo. Sensação de bem querer. Sede de aprendizado. Disposição. Maré boa.
Mas hoje tem alguma coisa diferente. Tá tudo tão quieto dentro de mim. Energia desconhecida. Sem motivo aparente. Um sentimento estranho. Me sinto ameaçada. Pelos meus pensamentos. Ansiedade fora de hora. Medo e apego. Sem necessidade. Então, porque sinto isso? Queria saber fazer parar.
"Tem dias como esse que parecem não ter fim
Há cinzas tão escuros quanto o azul que há em mim..."
Une Chanson Triste - Herbert Viana
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Mãe

Ouvi uma música linda hoje, que eu não conhecia. É muito do que eu gostaria de dizer. Especial. É assim que ela é. (E qual mãe não é?) Linda. Cabelo curto e avermelhado. Há pouco tempo; mudou a armação dos óculos. Cara de intelectual. As palavras-cruzadas nunca mais serão as mesmas. Ela é assim: esquece o nome dos filmes. Do ator/ atriz. De música. De muitas coisas. De quase tudo. Isso já me causou irritação. Hoje, não mais.
Faz com primor trabalhos manuais. É organizada. Super ativa. Faz mil coisas e sempre lhe falta tempo para fazer mais - palavras da própria. Disposta. Conta histórias com detalhes. Prestativa. Muito - e sempre - presente em minha vida. Do primário à faculdade. Retificando: até os dias atuais. Dedicada. Responsável pela "base da minha educação e caráter". Mulher de muita fé. Aberta e disposta a conhecer coisas novas - isso eu AMO tanto nela. Mãe de todos. Tem cócegas na barriga. Daquelas de tirar o fôlego. Labirintite também. Adora praia. Quer aprender informática. Às vezes tem atitudes de criança mimada. Às vezes de mãe chantagista. Tem muita saudade do seu pai. Tenta arduamente ter paciência com sua mãe. E não passa um dia sequer sem tomar café - puro; claro!
Quando a vi fraca, enxerguei a mulher que existia através da mãe. Vi uma fortaleza desmoronar. Nada fazia sentido. Foi difícil de aceitar. Até que as circunstâncias fizeram com que eu a reconhecesse como ser humano. Sem rótulos. E tudo foi ficando claro. E eu puder admirá-la ainda mais. Dessa vez, como pessoa.
Sempre amigas.
Mãe e filha(s).
Registro algo pessoal.
Frase que digo pra ela: é dela o melhor de mim.
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Mãe
Porque não me deixaste a vida inteira?
Com lã no umbigo de castigo na soleira
Roenda unha e falando palavrão?
Ô mãe
Eu tava me esfregando com urtiga
Esmagando crânios de formiga
Com um pau de sorvete esburaquei o chão
Mãe,
Por que não me deixaste a vida inteira
Esperando a hora da senhora vir da feira
Pra mandar o medo ir lamber sabão?
Ô mãe,
Eu acho que engoli um parafuso
O mundo todo anda tão confuso
Eu queria tanto a tua mão
Mãe,
Vê se me desculpa a choradeira
Mas é que foi no melhor da brincadeira
Que a senhora me mandou crescer
Mãe,
Hoje já não deixo o nariz sujo
Já não coleciono caramujo
Mas ainda preciso de você
Mãe,
Porque ficaste assim a vida inteira
Cuidando pra que eu não batesse a moleira
Se era pra apanhar da vida então?
Ô mãe,
Porque a gente ainda se utiliza
De limpar os sonhos nas mangas da camisa
De cortar os pés nos cacos de ilusão
Mãe,
Mandaste que eu não tomasse gelado
Me ensinaste a não ser mal educado
Me levaste a escola pela mão
Ô mãe,
Cuidaste bem de minha catapora
Hoje sou homem forte e agora
Posso seguir na minha solidão.
Barriga de fora - Kléber Albuquerque

22 junho 2005

Oxalá

Fui almoçar no natureba com ela. Que está a flor da pele.

Tomará que seja TPM.
Tive a sensação que falei demais quando deveria ouvir.
Pra você. Com carinho...
"Oxalá, eu não ande sem cuidado
Oxalá eu não passe um mau bocado
Oxalá, eu não faça tudo à pressa
Oxalá, meu Futuro aconteça
Oxalá, que a vida me corra bem, oxalá

Oxalá, que a tua vida também."
Oxalá - Madredeus

20 junho 2005

A noite

E minha criança livre usa meias cinzas e hawaianas amarelas.

Dia Cinza


Amanhece. E aqui em São Paulo garoa fina. Eu gosto de sentir essa garoa cair sobre mim. Sensação agradável. Me remete à infância ou qualquer coisa parecida. Por mais cinza que o dia esteja, fico alegre.
Da série: anotações ou caderno de notas

19 junho 2005

Os dias tem sido assim...

Happy hour. Creminho de queijo, salame e pão italiano. Fotos no escuro e sono antecediam um (quase) dia de fúria. Trânsito. Espetáculo gracioso, forte, diferente e lindo. Deu vontade de andar de costas - com as mãos no chão. Cantina aconchegante e de comida boa! - ali na rua Augusta. Sessão de fotos com tubarão. Dia produtivo. Sono atrasado agora está em dia - pelo menos por enquanto. Discussão em família. Faxina nas gavetas. Sim, eu fiz e por prazer. Joguei tanta coisa fora. A alma ficou no mínimo cinco quilos mais leve. Banho revitalizante. Leitura no final do dia. E eu fiquei debaixo das cobertas, em paz.

Da série: Notas mentais

16 junho 2005

(Quase) um dia de fúria. Sim, isso é um desabafo....

Perdi a hora. Levantei e fui na cozinha – de pjama, madeixa black power e meias, lógico! A mãe não estava em casa. Foi viajar. Eu esqueci! Ela acordou super cedo e eu, nem pra dar carona... Também, cheguei tarde quarta-feira. Há dias eu tenho chegado tarde. O cheiro e o beijo de boa noite eu sempre dou. Isso independe do horário que eu chego em casa. Será que posso dizer que estou com “saudades dela”? Nos últimos dias, nós conversamos durante o café da manhã e isso quando dá tempo. E é sempre tão rápido. Nem sempre estou atenta no que ela fala, eu sei. Mil coisas. Sinto falta de conversar com a mãe. Sei que ela sente (muita) falta também. Mais uma pendência pra minha lista. E essa, vai ficar como prioridade.
Indo para o trabalho eu lembrei que esqueci o celular em cima da cama. Tranqüilo... Muito serviço à fazer. Ontem migraram o sistema operacional da minha máquina. Serviço acumulado. Colocando em ordem o serviço e - em paralelo - configurando e restaurando arquivos do backup, a minha máquina simplesmente parou. Assim, do nada. Desligou sem um aviso sequer. Parece coisa de usuário?! Juro que é pura coincidência. Alguns telefonemas depois e o pessoal do suporte levou a máquina. Preciso falar que acumulou muito mais coisa pra eu fazer ou tá claro? Ah, eu mencionei que quinta-feira é meu rodízio? Então, era 17:45hs e eu estava sem máquina. Sem poder ir para casa (rodízio, lembra?). Sem celular. O telefone aqui da empresa não faz ligação para celular. Ou melhor, faz só se for para um VIVO. Todo e qualquer número que me interessava naquele exato momento era da operadora concorrente: CLARO. Enfim a realidade: o telefone da empresa e nada significava a mesma coisa. Mãos atadas. NENHUM número na minha cabeça de vento. Muito calor. Dor de cabeça. Preocupações desnecessárias. Tenho que acreditar (plenamente) que é desnecessário. Se o chefe falou, tá falado.
Depois de uma saga de torpedos, mensagem via Web e ligações eu consegui um telefone – que chamou e ninguém atendeu! Frustração. Torpedos depois, eu recebi uma ligação. E não hesitei em dizer: Hoje, você precisa salvar meu dia hoje! E assim nos encontramos. Peguei uma carona até a Avenida Paulista e pronto: o dia - mesmo que no final - estava melhorando. A dor de cabeça insistiu. Compramos tudo o que precisávamos – e um pouco mais também. Cerveja e uma porção de frita. E muito mais conversa. A gente não cansa de falar.
Moral da história: é muito boa a sensação de ter com quem contar nesses momentos.

Créditos do dia: à Margutcha - que me ajudou muito nos contatos telefônicos e foi extremamente solidária!

Acreditar no amor

Algum tempo atrás conheci uma garota que a cada relacionamento que iniciava, ela comprava um jogo de panelas. Para o enxoval.

E se o relacionamento não desse certo? Ela "passava pra frente" o jogo de panelas e assim que encontrava um novo amor, comprava também um novo jogo de panelas.

14 junho 2005

A semana para Gêmeos

A chegada de Marte na casa dos amigos se soma à super sensibilidade Mercúrio no signo de Câncer para complicar um pouco mais a sua vida social. Tente ficar perto de pessoas de quem você gosta e com quem se sente perfeitamente à vontade. Você não está suportando nenhum tipo de rejeição.

13 junho 2005

Porque hoje é domingo e já raiou

Dia de sol. Tranquilo e preguiçoso. Almoço em família com presença do avô e da avó. Putchero. Conchilo no sofá. Fim de tarde com amigos em um boteco qualquer da Rua Augusta, ou melhor, no BH. De lá, para outro boteco. E o domingo teve um final feliz.
Sempre é tempo de conhecer novas pessoas. E eu adoro tanto isso! Quando essas novas pessoas já são amigos dos seus amigos, fica mais especial. Motivo? Eles são gentis e receptivos. Convivem em harmonia. Têm excelente conversa e divertidas histórias. Declamam poesia e tomam caipirinha. Adoram minhas madeixas. Dividem esperança e sofrimento - ah, o amor! São pessoas encantadoras.
Na volta pra casa, eu digo o quanto eu adorei conhecê-los. Todos. De sexta à domingo, sem excessão. É bom saber que Fiorina e o palhaço estão em ótima companhia. Mesmo quando a companhia sou eu. rs*
"Ei, você do jeito triste
Faz de conta que mudou
A alegria ainda existe
Porque hoje é domingo e já raiou."
Porque hoje é domingo - Wilson Simonal

Edredon e Sofá

Acordei muito cedo no sábado. Eletricista em casa. Ao meio-dia, compromisso com meu pai. Não aconteceu. Ele simplificou a coisa: fiquei satisfeita. Durante a tarde: compras e visita ao avô - que vai almoçar em casa no domingo. Ele me contou muitas histórias. Ricas em detalhes. Eu fiquei ali, comendo mexerica e ouvindo-o atentamente durante quase duas horas. Volto para casa cansada e feliz. Almoço em família. MP3 e livro. Edredon, sofá e DVD.

Prazer, meu nome é Paulinha

Sexta-feira de muito trabalho. Quando voltei para casa, já passava das 19:30hs. Dois compromissos. Tive que recusar esse. Lamentei, mas combinamos - por telefone - de nos encontrar ainda essa semana. Já tinha aceitado outro convite. Destino: Teatro Mars. Boa música e companhia. Lugar super a vontade. Agradável e underground. Curti.
Dentre as diversas pessoas que conheci: um gótico ermitão que há sete meses mora em Minas, mas ainda carrega características de um urbanóide - resquícios de São Paulo. Atualmente curte colher couve na horta. Deseja se dedicar ao piano - que estudou durante três anos. Criou um lugar muito particular aonde vai toda vez que deseja meditar ou ficar em silêncio. Reserva em sua casa duas paredes que serão dedicadas ao grafite, presente para os amigos. Conversa encantadora. Empatia recíproca. O outro, um desconhecido, que me abordou perguntando se me chamava Paulinha. E afirmava que era meu aniversário. Quanto mais eu negava, mais ele insistia em me dar felicitações. Desisti e me rendi. Recebi vários cumprimentos de aniversário. E a festa continuou.
Fui embora cedo, no melhor da festa quando a banda começou a tocar. Mas fiz a promessa de voltar e ficar até o final.

10 junho 2005

Happy Hour. Happy End.

Picos de irritação, dor de cabeça e impaciência foram desvendados. Motivo: T.P.M. Durante o dia, muito trabalho. A tarde uma ligação. Convite para uma cervejinha - aceitei no ato. E no final do dia lá estávamos nós, juntas. Ela, uma legítima freqüentadora de botecos. Ao chegar, o garçom - com ar de intimidade - solta um sonoro "Nossa, você sumiu!". Eu já me divirto ali.
Escolhemos a mesa. Pedimos a primeira das seis Bohemia que viriam. Uma porção de polenta frita e dá-lhe assunto. Momento infeliz foi quando educadamente ela pediu o isqueiro para um senhor da mesa ao lado sem saber que ali começava uma chateação. Conversávamos animadamente. Assuntos diversos. De surto de sarna a livro de receita. Passando por paredes e cores, ensaio de fotos para o painel, fuxico, roupas, sarau e sinteco. E, de assunto em assunto, éramos interrompidas pelo senhor da mesa ao lado - que se apresentou ao léu, e num balbuciar, como "alguma coisa da PUC de Campinas". Após algum tempo e muitas interrupções; ele foi embora. Não antes sem se despedir. Com direito a aperto de mão.

Entre uma conversa e outra, tentávamos recordar músicas e nomes. Orlando Moraes - Lado a Lado. Refletimos sobre coisas que vivenciamos. Algumas conclusões. Amadurecemos sim, e estamos em paz - ou pelo menos no caminho. Às vezes confusas, loucas e um pouco neuróticas - admito. Mas a gente sempre tenta melhorar. Buscamos. E nos sentimos (muito) bem quando podemos ser a gente. Hoje, ela tem alguém que lhe completa. E ela se sente assim: preenchida. E quantas mudanças a gente pontua, juntas. Ela me explica que Drão, do Gil foi feita para a primeira mulher dele. Eu conto que já havia procurado a palavra Drão no dicionário em busca de um significado. Eu explico como encontro coisas na Internet que ela não consegue entender como eu acho. Conto meu encantamento pelo quarteto La Otra. Ela com as unhas um pouco sujas de limpar a janela, gesticula. Deve usar "uma luvas" da próxima vez. Um sábio conselho.

E o cara que leva o som no boteco toca a música que ela canta quando não pensa em nada. Ele oferece uma música pra gente. E a gente não entende se foi pra gente. E rimos. Pedimos Odara e ele cantou. Quando ele parou, no rádio tocou Avião. E a gente também cantou.

Fechamos a conta. E subimos a Vergueiro. No mesmo pique e entusiasmo do bar. Dessa vez o assunto era toalha_verde_e_bordada para o banheiro. No caminho tinha "uns mano". Chegamos ao estacionamento - que estava fechado com portão e cadeado. Depois de aberto o portão - pelo simpático gerente - dirigi rumo a Paulista, onde logo chegamos a Brigadeiro. Ela desceu. Nos despedimos.

E assim, voltei pra casa: cantarolando Belchior.

"Ainda somos os mesmo e vivemos como Belchior"
Fraude - Língua de Trapo

09 junho 2005

Você me ligou naquela tarde vazia

Final da tarde, recebi uma ligação do pai. Que surpresa! Ele não decora o número do meu telefone. Teve que pegar na agenda. A tradicional, de papel. Conversamos bastante e já está certo: vamos nos encontrar nesse sábado. E na próxima semana, vamos comer pizza juntos.

"...pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez."

Hermano

Poderia ser comum, mas a gente se conheceu de uma maneira diferente. Estudamos juntos na faculdade mas fomos conversar somente no último ano. Ele era chato demais. Tá bom, ele diz o mesmo de mim. Um trabalho para conclusão de curso. Uma discussão entre os integrantes. Pronto:ficamos amigos.

Ele é assim: uma pessoa que não economiza sorriso. Tem um sorriso lindo. Largo. Sempre disposto a ouvir. Qualquer comentário é assunto. Qualquer assunto é motivo. E assim, a gente fica conversando durante horas na companhia de café e cigarrilhas.

Sempre disposto a entender minhas neuras e mais: se interessa por elas. Às vezes, ele as analisa muito. Minuciosamente. Daí, eu não gosto. E zango. E ele adora. Pessoa de voz postada e marcante. Adora guitarras e cordas. O Poderoso Chefão. Madrugadas e sinuca. É meio de esquerda. Mora na Zona Sul. Mas sempre está pronto caso precise atravessar o rio Tiete. Curte bingada-família da Zona Norte. É parte integrante da família. Tem a melhor - e mais alta - gargalhada. Adora imitar minha maneira de falar. Meu sotaque. Minha voz nasalada. Minhas entonações. Meus adoros.

Admiro sua dedicação e disciplina. Chega a ser metódico. Tem rotina e manias. Traça metas. Têm objetivos. Alguns a longo prazo, já outros ele aderiu ao "vai ser feliz" e descomplica.

Ama coca-cola e banconzitos também - os falsificados, principalmente. Quando o pãozinho acaba, ele com sua meninice, enche o saquinho como se ainda restassem alguns enganando todo mundo. E eu, adoro!

Já se passaram carnavais, reveillons, aniversários, dias incomuns, tristes e de extrema felicidade também. E a gente continua dividindo coisas, construindo a nossa amizade. Sobre ele: tenho a sensação de que nunca vou conhecê-lo num todo. Sempre teremos algo à descobrir juntos. E eu gosto disso.

08 junho 2005

Momento de felicidade

Trabalho no 12º andar. Nessa época do ano - pela manhã - o reflexo do sol batendo no prédio ao lado cega a visão. Baixo a persiana para proteger os olhos. Volto ao trabalho. E o dia segue.

Por diversas vezes o sol se põe - nas minhas costas - e eu nem o vejo ir. Poucas vezes eu consigo contemplá-lo. Lindo, redondo e alaranjado. Soberano ele se despede. Tentando achar espaço entre antenas e prédios. Daí eu paro pra ver o céu colorir antes de ser tomado pelo azul escuro sem fim.

Terça de Limão e Sal de Fruta

Terça de Limão tranquila e diferente. Fomos comer lanche. Em Santos. Fomos conversando durante o percurso. Não tenho rádio. Estrada tranqüila. Pouca neblina. Lanche gigantesco no Canal 1. Depois um bom e tradicional café. Na volta: bom papo, alguma cantoria e sensação de relaxamento. Imitação de choro desesperado e compulsivo do Rod ao ser parado por um guarda, em Curitiba. Impagável. E eu, particularmente, ainda acho que ele chorou de verdade. Na vinte e três de maio uma ligação. Do lado de lá: uma pergunta. Do lado de cá: uma resposta negativa. Ao desligar, fiquei preocupada. Onde andará Mariana Maricota?

07 junho 2005

Tempo amigo, seja legal

Conclui a faculdade em 97. Época boa. Dá saudades. Depois da formatura, reencontrei por duas vezes amigos daquela época. A última vez foi há três anos no nosso bar: o MacFil. Localizei alguns desses amigos pela Internet.

Por mais que estivéssemos em grande maioria reunidos, sempre faltava um ou outro que eram lembrados pelos demais presentes. Esses, eu não consegui localizar por não saber o sobrenome, nome completo ou por simplesmente não encontrá-los na rede.

Essa semana, uma amiga daquela época - atualmente casada e morando na Espanha - me disse ter encontrado um desses "perdidos" no ORKUT. Ao adicioná-lo no MSN, entre conversas e saudade; descubro entre outras coisas que ele nos procurou muito também. Que trabalhamos muito perto um do outro. Que ele mora no interior já tem algum tempo. Que foi casado. E têm um filho de sete anos.

Essa última notícia fez uma velha, patética e repetida frase ecoar na minha cabeça. O tempo passa num piscar de olhos. Fico feliz e com uma sensação adolescente de que "nosso próximo encontro estará mais completo; agora com ele". Pelas minhas contas, agora restam dois perdidos.

Pela Manhã

Ouvindo música; em casa. Me preparando para mais um dia de serviço. Cara de sono mas com disposição. Coração tranquilo e um sorriso sereno no rosto. Bom dia, terça-feira!

"...Passei horas procurando a tua boca
E ela não respondia
Por amor ou euforia
Tudo de novo eu faria."
Boca da Noite - Ceumar

Com açúcar, com afeto

Ela me achou. Mas como??? Se eu falei o endereço bem timidamente e apenas uma vez; em meio a muito som e barulho. Ela decorou! Teve curiosidade. Influência da convivência com um geminiano. Que desperta nela todo lado lúdico. E ela fica mais linda e feliz. E todos nós ganhamos com isso.

Fiquei surpresa: por lembrar o longo nome do blog e ao ver seus comentários hoje pela manhã. Bateu timidez. Acanhamento. Sim, aqui estão pensamentos. É uma - super - exposição. Essa preocupação com o pré-julgamento ainda consome horas de terapia.

Mas a gente se entende - pelo menos se esforça! Com ela me sinto à vontade para imitações de Zélia Duncan a Magal. Perco o senso do ridículo. Faço perguntas bobas, comentários bizarros. Exponho meus lados: O infantil e o sombrio. E neles micagens, brincadeiras, todos os medos e temores. Risadas são espontâneas e a diversão garantida.

Muito bom poder reencontrá-la. Já te falei isso? Hoje somos como uma canção do Moska que entre outras coisas diz: “Vamos celebrar/ Nossa própria maneira de ser/ Essa luz que acabou de nascer/ Quando aquela de trás apagou.” Sim, somos TUDO NOVO DE NOVO. A gente não desistiu da gente. A gente faz planos e realiza alguns outros. A gente amadureceu com tanta coisa. A gente manteve o riso e a alegria no encontro. A gente continua assim: música e melodia.

06 junho 2005

No Divã


Ainda há muito o que mudar. É bom porque hoje sinto que "sempre é tempo". Riscar algumas palavras do meu vocabulário. Ao invés de somente pensar, gostaria de acreditar - e sentir! coisas boas e positivas sobre mim. Me bancar; assim... só isso. Saber olhar nos olhos de outras (novas) pessoas. Seduzir. Retribuir o interesse de um desconhecido. Conquistar. Tudo é tempo - e treino. E estou disposta a me dedicar.

Definição

alegria
s. f.,
contentamento;
regozijo;
satisfação;
prazer;
festa;
divertimento;
júbilo;
jovialidade;
acontecimento feliz.


.... e meu sábado foi assim. Cheio de alegria.

Domingo em família. Sim, "com festa, bolo e brigadeiro" como já cantava Renato Russo. Com um diferencial, a vela desse ano deu um show pirotécnico. Adorei!!!

03 junho 2005

A Casa em Ordem

Dei um jeito na máquina lá de casa. Copiei arquivos e recriei meu perfil. Com ele minhas MP3 e acesso ao E-Mule. Baixei o último CD do Barão Vermelho e escuto agora no serviço. Aqui, muitas vezes fone de ouvido é fundamental.

"...com meus três pobres acordes
meu bem, acorde
venha ver meu show."
Fiz essa canção - Zeca Baleiro

De quarta para quinta

Eu dormi muito mal. Calafrios no estômago. Subindo e descendo. Meu pé: frio. Daí, eu acordava. Lembrava. Aperto súbito e ruim. Virava para o lado - eu e o travesseiro - tentava não pensar em nada só voltar a dormir. Foi assim toda noite. Pensei tanto. Pensei horrores. "Pensar é gastar energia inutilmente". Concordo, mas confesso que dessa vez eu transgredi a regra e pensei. E muito. Foi impossível dominar. Será que eu tentei? Enfim, eu que achava ter evoluído no quesito “pensar menos" me surpreendi. Me questionei também.

Pauta: Quando será que eu vou aprender?
E o pior: será que vou? Aprender, lógico!

Odeio auto-analise.

"...Até que um dia uma pessoa me falou que a minha falta de malicia era o negativo de uma mesma foto avesso esperto da malandragem que se manifestava naturalmente difícil."
Eu não sei mentir direito - O RAPPA

Em Quatorze de Maio

Sim. Uma pessoa pode ficar o dia todo na frente do computador. Ter que trabalhar mas não achar força. Nem a mínima concentração. Fone no ouvido. Qualquer movimento alheio é motivo para distração. Nos últimos dias desenvolvi uma habilidade fantástica para expressar o que tô pensando e sentindo pelo MSN. Conversar. Sugerir, aconselhar. Pedir desculpas. Difícil seria descrever pelo MSN o que ando fazendo com minha jornada de trabalho. Linhas em branco. Meu expediente vazio. Essa é a sensação. Fico afobada. Devoro cantinho dos dedos e belisco a bocheca. Falo pouco. Penso muito. Quero fazer mil coisas. Dependo da minha ação se fazer valer. Faço planos para semana que vem. Amigos são necessário. Para almoço, café ou para "um porre" - lembrando que quatro latinhas é o limite. Penso em cores. Sinto cheiro de cigarro. Não, não volto a fumar. Resisto a tentação da possibilidade e volto ao trabalho. Page up. Page Down. Google. Pesquiso de tudo. Letra de música à Havainas Cartunistas. Tomo café. Muito café. Respondo e-mails. Faço ligações. Faço muito mais ligações do que recebo. Pessoas reaparecem. Amigos e primos(as) voltam a se corresponder. Assim, de repente. Fim de noite com música e risada. O auge: Stephen Fry . Troca de receitas as tantas da madrugada. Sensações agradáveis. Dias de sabores e sensações. Esqueço coisas. Ibirapuera com sol. Conversa e suco natural - com água de coco, por favor! Dia agradável. BIS. Volta pra casa em alta velocidade. Vento no cara e cabelo esvoaçante. Mordo a bochecha. Paro assim que percebo que estou mordendo a bochecha. Cochilo merecido em meio a roupas passadas para guardar. Preguiça e vídeo. No dia seguinte, família e feijoada. Conversa alta e animada. Risadas e chantagens materna. Passadinha rápida na casa da matriarca dos Cordeiro. Desencontro com os primos. Mundo soul. Três SOL. Cartão recusado: sem limite!. Ótima música e dança. Bom Astral. Boa noite e até amanhã.

Aos Vinte Oito

Sim, esse é um daqueles e-mails. Não, não se preocupe porque não será com freqüência que ele aparecerá na sua caixa de entrada. Falta de tempo e inspiração. Preguiça talvez. Até que me provem o contrário, ainda acredito que verbalizo melhor.
Inferno Astral se despedindo; dando trégua para uma semana de encontros diários e sortidos e, um final de semana especialíssimo acontecer. Sexta-feira de constatação/concretização de pensamento seguido de muita (leia muuuuuita) diversão, risadas e ótimas companhias. Um brinde a nós, as conquistas, a recente descoberta da independência e a nova cozinha. Choro delas (Tatí e Má) ao falar da progenitora sendo o momento quebrado com minha lembrança de "não dei descarga!". Quatro canecas de chope. Bandeja voadora ao sutil toque do meu cotovelo contabilizando menos dois ou três chopes e uma Sukita. Carona pra seis. Saidera merreca.
Sábado de Ibirapuera. Duas horas e meia caminhando, cantando e tagarelando. Pausa para o balanço. Observação sutil: no parque, alguns cachorros usam tênis enquanto são carregados no colo (?). Como na música do Nando Reis, choro ao falar com o pai e sentir o óbvio: ele é uma boa pessoa. Sim, eu o amo. Também concordo: o tempo é único e é sagrado. Soluço compulsivo e ataque de riso. Gargalhada. Encontro de antigas amizades versus Sr.Ricardo. Constatação de saudade e felicidade com ilusão praiana; isca de peixe e chope. E o dia cinza ficou mais claro. Volta para casa com chuva. Descobertas automotivas: tenho limpador traseiro! Aquisição de um CD. Em casa: dança na cozinha e som alto na sala. Banho quente. Comemoração de aniversário. Muita chuva. Faltou luz. Teve luz de vela. Queijo, pão com alho, salsichão e cerveja. Muita conversa e risada sincera. Pouca paciência para milongas. Sono.
Domingo cinza. Leseira. Café da manhã na padoca. Almoço da casa da irmã. Música: a mesma faixa do CD toca várias vezes. Meia hora de cochilo. Muito sono e pouca voz. Exposição/ bazar década de oitenta. Amigo e namorada: prazer em conhecê-la. Lente de contato incomodando. Petit gato com sorvete light. Dois copos de água para quatro.
Semana curta. Aniversário na véspera de feriado. Viagem com amigos e família. E que venha os vinte e oito... e com ele oficina de papel maché com cerveja - ou não!, Anima Mundi, Noitão HSBC, comidas e sabores diferentes, biodanza, botequim, terças de limão, samba "de molhar cabelo", viagens curtas e plano para longas, Jogo do Eu, amores, novos conhecimentos, visita de amigos, visita para amigos, florais e incenso, viagens astrais sob efeito para perda de controle, minha rede e fotossíntese, feirinhas de variedades, vagonite, promoção e sorteios, bons livros, teatro, SESC e show. Reunião de família. MP3, outros - novos - sons, violão, natação e fotografia. Colo de mãe. Filmes. Pijama e meia. Limpeza de gavetas e armários (ha!ha!ha!). Cheiro, cores e sabores. Estudo e dedicação. Disposição. Tranqüilidade e saúde. Jardinagem. Bem vindo Céu Astral.
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"Navegar é preciso senão, a rotina te cansa..."
24/ maio / 2005