30 novembro 2005



"Mas eu não ando com loucos", observou Alice. "Oh, você não tem como evitar", disse o Gato de Cheshire, "somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca". "Como é que sabe que eu sou louca?", disse Alice. "Você deve ser", disse o Gato, "senão não teria vindo para ."
trecho de Alice no País das Maravilhas de Lewis Caroll

29 novembro 2005

Qual o motivo desse ENORME espaço em branco ai em cima, hein?

SemSono

Atecladeespaçodomeutecladotravou.

Issoéumsinalpraeudesconectareirdormir.
Ésegunda-feira,masnãomesintocansadanemtenhosono.
Sensaçãodevésperadeferiadoprolongado.
Nãoseiseébemessaasensação,masfoiaúnicacoisaquemepassoupelacabeçanessemomento.
Amanhãvouperderahora....
Issoéoutracoisaquepassoupelaminhacabeça!

27 novembro 2005

O Exercício das Pequenas Coisas*

Depois de alguns anos de espera; chego em casa e me deparo com uma deliciosa surpresa: torta de presunto e queijo que a mãe fez pra mim!

Enquanto saboreio a torta, sento no chão da sala e embrulho os presentes para a sacola de natal que esse ano vai para o Lucas Costa de sete anos. Tudo com muito carinho. Bom, não é? Agora, só falta comprar os doces...
.*Título do CD do LUDOV que, caso não esteja enganada, já foi título de publicação desse espaço.

26 novembro 2005

"...Me abraça, me aperta
Me prende em tuas pernas
Me prende, me força
Me roda, me encanta
Me enfeita num beijo..."
A festa - Maria Rita
Composição: Milton Nascimento

25 novembro 2005

M.I.M.O.S

Ganhei uma luminária para leitura.
Um abraço acolhedor.
Um massageador corporal.
Uma carta resposta - com selo e carimbo dos CORREIOS.
O primeiro pedaço do bolo de aniversário.
Mensagens carinhosas.
Telefonemas.
Chuva de beijos.

AtUaLiZaNdO o CoTiDiAnO...

Sem tempo para atualizar o BLOG. Crônicas? Tenho alguns rascunhos, mas nada que me dê prazer em publicar. No trabalho mudamos de prédio. Enfrentar o trânsito tem sido um tanto quanto desconfortável. Nessas horas é necessário – quase que obrigatório – ter bons e diversificados CD’s no carro. Um pinça também. Fase instintiva. Tive um final de semana cheio de boas sensações. Festa de criança e de lá para o apartamento da Marga encontrar amigos. Sábado divertido – aprendendo e brincando – com crianças. Adultos – em maioria – que se entregaram aos encantos do sábado e visitaram o Planetário Mundo Estelar. Depois, nos permitimos comer guloseimas e tomar um delicioso e gigante sorvete. Fim de noite entre talheres, jantar, viola e violão. E parabéns para o Mau Mau! Na madrugada recebo uma ligação dela cantando a versão de um funk carioca que ouviu no ônibus. Ri muito. De doer a barriga.
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D
omingo: encontro de facilitadores e alunos de BIODANZA da América Latina e Europa. Conheci muitas pessoas. Antes de iniciar a vivência, ouvi atentamente histórias interessantes num bate papo descontraído. Também fiz uma ligação para saber como foi o renascimento do meu querido amigo, e como foi bom falar com ele e sentir a leveza do momento - você me deve um abraço bem apertado, vou cobrar! Conheci Rolando Toro. Experiência ímpar. O cansaço se fez presente ao voltar para casa.


E a semana começou. Fui surpreendida com a notícia do falecimento de uma pessoa que eu gostava muito. Não nos encontrávamos com freqüência. Na maioria das vezes em momentos de lazer. Falávamos sobre tudo. Às vezes, não trocávamos sequer uma palavra. Conheci o Chico e não o Fernandes. Sei do carinho/ respeito que tinha por mim e pela minha família. Senti a perda, mas antes ela do que o sofrimento à ele. Marga sua companhia foi necessária naquele momento e me fez muito bem; obrigada. Na despedida, o som da viola tocava *Cuitelinho.

*Cuitelinho é nome que se dá ao beija-flor em algumas partes do centro-sul do Brasil.

17 novembro 2005

Através do Espelho

Livro fino. Cento e poucas páginas de magia e encanto. Sedutor. .Procurei-o, mas não encontro. Gostaria de poder folheá-lo nesse dia cheio de (estranhas) sensações. Saí do meu eixo. Perdi o equilíbrio. O que não é ruim - ao menos me sinto humana. Desejei colo sem tempo nem pressa. Colo onde eu pudesse me aconchegar e ficar sem nada dizer. Desejei tanto, ou talvez na mesma proporção que uma súbita vontade de vagar anonimamente - e só - entre alamedas arborizadas em passos largos e corridos tomou conta de mim. Desapego e afeição. Dia de poucas palavras.
"...Venta, é Deus suspirando por mim
Pra levar a minha confissão
Vai, abre a porta e deixa entrar a minha dor
Vê da janela
Vai chover, amor
Vou chorar, amor
Chore a chuva, o Deus
Chove que assim não choro só
Não choro só. .."
Chore a Chuva - Jair Oliveira

Preguiça Matutina

16 novembro 2005

O Grande Encontro

Lembrando Nick Hornby; segue as cinco mais tocadas no rádio do meu carro - o Tião:

1. Tesoura do Desejo (Alceu Valença)................Volume 01. Faixa 14
2. Veja "Margarida" (Vital Farias).......................Volume 01. Faixa 12
3. Dona da minha cabeça (Geraldo Azevedo)......Volume 03. Faixa 03
4. Sabiá (Luiz Gonzaga/ Zé Dantas)...................Volume 01. Faixa 01
5. Garoto de Aluguel (Zé Ramalho).....................Volume03. Faixa 08

15 novembro 2005

Ai, ai.

Mil coisas, mil coisas...

13 novembro 2005

Toma, é pra você!

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AS BOLAS DE SABÃO
Alberto Caeiro
As bolas de sabão que esta criança
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
Pretende que elas são mais do que parecem ser.
Algumas mal se vêem no ar lúcido.
São como a brisa que passa e mal toca nas flores
E que só sabemos que passa
Porque qualquer cousa se aligeira em nós
E aceita tudo mais nitidamente.

Delícia de Domingo

Almoço na casa da Tatí e do . Conversa na cozinha com direito a bebida exótica e deliciosa feita de caldo de cana, gengibre e vodka. Massa caseira - feita por eles - e frango frito na panela de pressão. A mesa posta com primor. Tudo estava deliciosamente saboroso. Durante o preparo, recitávamos Vínicius de Moraes - ainda sob efeito do documentário que assistimos ontem. Vimos fotos, vídeos - destaque para o frango dançando New York, New York minutos antes de ir para panela de pressão, trocamos DVD's, ouvimos boa música, ela escrevia anotações no bloquinho de notas que ganhou e entre um cafezinho e outro líamos poesia de Adélia Prado, Vinícius de Moraes e Fernando Pessoa (Alberto Caeiro). No qual me encantei por:
Sempre que penso uma cousa, traio-a.
Só tendo-a diante de mim devo pensar nela,
Não pensando, mas vendo,
Não com o pensamento, mas com os olhos.
Uma cousa que é visível existe para se ver,
E o que existe para os olhos não tem que existir para o pensamento;
Só existo directamente para o pensamento e não para os olhos.
Olho, e as cousas existem.
Penso e existo só eu.

Espirro + lenço + Vitamina C = Estou com G R I P E

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Sortimento de Encontros

Sexta-feira de pouco trabalho. Motivo? Mudança. Quarta-feira estaremos no novo prédio. Almoço demorado e gostoso com colegas de trabalho. Sem pressa. Dia bonito de sol que não se via há dias. Tudo parecia mover-se lentamente. Sensação boa. Final da tarde; longa caminhada entre avenidas e ruas de São Paulo. Destino: Ibirapuera. Na volta - apesar do cansaço - arriscamos uns passos de dança.
Encontro com amigos no bar do caixote na Praça da República. Longo e demorado abraço no amigo que atualmente mora em Brasília. Veio até São Paulo buscar o que restou e principalmente seu grande amor - que seja infinito enquanto dure! O convite para ir à Brasília já foi aceito. Sempre é bom - e divertido - encontrar com os meninos. A sexta-feira acabou no Pedaço da Pizza e para minha surpresa lá encontro um grande amigo - que durante alguns anos foi meu cunhado - de quem gosto muito e quero bem. Ficamos de nos encontrar em breve. Ligações de madruga são uma constante - só falta a gente acostumar, né?
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Chocolates Diziolli?

12 novembro 2005

Tudo, tudo na Bahia faz a gente querer bem. A Bahia tem um jeito...

"Quero viver em Salvador e quando envelhecer me mudar para Itaparica. Eu e meu nego. Morar numa casa singela com janela colorida." Voltei assim; sonhando...

Salvador me surpreendeu. E eu gosto do que surpreende. Tinha uma idéia formada sobre a Bahia e ao chegar - num belo dia de sol - essas idéias foram por água abaixo. A partir de então, me entreguei às descobertas e tudo o que a cidade poderia me proporcionar. Poucos dias. Muitos lugares. A cada paisagem, nascer e pôr-do-sol eu agradecia pelo privilégio de poder vivenciar e estar ali. Volto em breve (quem sabe na baixa temporada?) para conhecer outras facetas de Salvador.

Amigo soteropolitano e boêmio que chamo carinhosamente de Meu Rei nos recepcionou - eu e minha mãe - deliciosamente bem. Stella Maris. Quiosque à beira-mar com isca de peixe, cervejinha e conversa boa. No sábado - como combinado - eu e ele fomos comer escondidinho e de lá fomos para o Festival de Reggae da Bahia. Foi massa!

Degustei comidas típicas: bolinho de estudante, moqueca de peixe, queijo coalho, acarajé, amendoim cozido, escondidinho, doce de umbu. Só faltou comer a cana que vende na praia; espetada em um palito de madeira! Conheci lugares como Morro de São Paulo, Praia do Forte, Praia de Guarajuba, Ilha dos Frades, Itaparica, Lagoa do Abaeté, Piatã, Farol da Barra, Mercado Modelo, Elevador Lacerda, Catedral Basílica de São Francisco, Centro Histórico de Salvador (Pelourinho). Assisti - logo no primeiro dia - o Balé Folclórico da Bahia no teatro Miguel Santana. Imperdível!

Amei a Bahia.
T u d o e todos os dias.
Sem exceção.

"Diga aí, diga lá
Você já foi à Bahia, nega? Não?
Então vá, então vá..."
Lá e Cá - Lenine
Composição: Lenine / Sérgio Natureza
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01 novembro 2005

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Baseado em Fatos Reais

Cena clichê de filme americano: novo morador muda-se para o bairro e a vizinhança leva bolo - na maioria das vezes torta de maça - para se apresentar e dar boas-vindas. Sábado rolou uma adaptação brasileira e fui coadjuvante. Apartamento ao lado com festinha e som no último volume. Cismou que tinha que levar um mimo para os vizinhos. Dizia que as meninas que dividem aquele apartamento são legais - diferente da que mora no andar de cima que é uma chata, fofoqueira e sisuda - opinião (quase) unânime entre os condôminos. Bons amigos tinham acabado de deixar seu apartamento; ela e o ele serviram um delicioso almoço, sobremesa e café. Sim, eles são ótimos anfitriões. Eu não conseguia compreender tamanha animação. Não tão animados quanto ela fizemos um acordo: tocamos a campainha e entregamos o mimo, porém nada de entrar no apartamento. Combinado? Tá bom - ela falou. E lá fomos nós com uma bandeja cheia de pães italiano fatiados em rodelas e um pote de sardela. Tocamos a campainha e quando percebi já estávamos na festa. Surreal. Ora ou outra eu via flashes. Parecíamos celebridades ou E.T's. Ela já foi pegando uma cerveja. Ele não largou o chimarrão. Eu meio deslocada e não acreditando naquilo tudo; lembro que falei: "A gente sempre acredita na Tatí. A gente não aprende mesmo, né?". E ele concordava balançando a cabeça. Entre azulejos de cerejinhas e armário vermelho; a galera pedia a receita da sardela. Um carinha tirava foto do Fê ao mesmo tempo em que o Fê tirava foto do carinha. Deu pra entender? Pois é, loucura total. Voltando para o apartamento a reação dos três foi a mesma: curvar-se de tanto rir. Um olhava para cara do outro e a gente se perguntava: "Meu, o que é que foi aquilo?". Finalizamos o sábado no sarau como combinado - que foi bem legal. Com eles é assim: sem rotina e com surpresa.