Bolo de coco. Passeando em Peruíbe de mãos dadas com o vô Geraldo. Tomando chimarrão e jogando tranca. Avó carinhosa e fofa. Sempre, sempre perguntando como está a minha irmã e meus pais. É assim que eu vou lembrar de você vó Yolanda*.

*Vó Yolanda é avó da Mariana Maricota, minha por adoção

Fomos para praia: eu e ela. Cantarolando canciones. Um final de semana em família com direito a comidinha de mãe no almoço: peixinho frito com molho de camarão e iscas de cação!!!

Dormi muito.

Descansei bastante.

Elas jogaram dominó.

Ouvi alguns discos.

À noite, uma caminhada no calcadão.

Preciso voltar mais vezes....

Não quer ouvir. Em meio a chopes e cigarros ela só quer colocar em palavras o que carrega no coração. Desatar o nó. Sente falta da amiga. De toda aquele cumplicidade e diversão. Da química mágica que as unia. Do que só existe quando estão juntas. Do que é delas. Insubstituível. Escuto atentamente. Num desenfrear de palavras - e algumas idéias infantis - tenho vontade de interrompê-la e dizer: Agora pára e me escuta? Me contenho - até porque ela não quer ouvir sobre plantar sementinhas. Fico ali ouvindo. E vem uma vontade de pedir para ela deixar no meu colo para que eu faça um cafuné e com o afago acalme o coração. Reconforte a alma.

Para que está distante, eu só queria agradecer pelo incentivo à nossa amizade e mostrar o que somos hoje juntas. E disso que ela sente falta: dessa coisa toda que é você e ela.

Sabe do que eu gosto? Do diferencial. De ter a opção de. São Paulo proporciona isso. Bares na zona sul e botecos na Vila Madalena. Lugares descolados: luxuosos ou underground como o que eu fui parar com ela na quinta-feira. Fomos assistir Os Princesa. E no meio daquilo tudo percebo maneiras e estilos de viver. Há quem diga que é uma fuga. Eu acho que é pura diversão.

Não sei que dia é hoje. Chego em casa as três da manhã. Percebo que ainda não tenho maturidade para morar sozinha. Não numa casa desse tamanho com mil plantinhas pra regar, lixo pra colocar na rua no dia e horário certo - que eu sempre esqueço, entre outras cositas mas... A rampa que dá acesso a garagem está cheia de folhas secas - é preciso varrer. Mas quando? As plantas precisam ser aguadas. Eu, sobrevivo de Club Social e Activia.

Mãe, quando você volta hein?!

Conheci uma garota que o pai guardava as jóias da família - o que considerava coisa de valor - no interruptor.

Outro dia estava em casa, publicando alguma coisa no blog, quando alguém me chama no MSN. Era ele: Dennys*. Já passava da meia-noite, mas eu considerei que ainda era tempo de lhe desejar os parabéns... Ficamos por ali trocando umas palavras quando ele disse: Eu te liguei ontem, você não atendeu. Achei que fosse brincadeira. Com toda a minha curiosidade zodiacal peguei o celular e tinha uma chamada não atendida - a da casa do Dennys. Fiquei pasma! Como assim? Já está falando no telefone? Ele disse: Liga aqui! E como já era tarde, combinei que ligaria no dia seguinte para desejar um Bom Dia.

E como prometido liguei. E não é que ele atendeu? Fiquei muito feliz - e emocionada também. Talvez ele não imagine o quanto. Trocamos poucas palavras. Ao desligar, fiquei imaginando quantas emoções - e sensações - esse menino tem vivenciado. E é tudo (tão) merecido.

O motivo do segredo?

É que ele ainda enlouquece com a quantidade de ligações.

Agora só falta ele dizer o que achou da minha voz

.......................................................................................nasalada

...............................................................................................robótica

.......................................................................................................com

...........................................................................................................sotaque

.................................................................................................................e

.....................................................................................................................entonações.

*Quem é o Dennys? Estudamos juntos no Mackenzie. Ele é surdo oralizado (fala/ entende leitura labial). É ou era? Agora fiquei confusa.... Meses atrás ele fez o implante coclear e ouve tudo: chuva, torneira pingando, buzina, cachorro (chato) da vizinha, música, e eu!

Vem, vem, vem meu rei vem!

Quando converso ou reencontro com pessoas que não vejo com frequência - ou há anos. Por vezes me assusto. Sim, porque tem gente que pergunta se eu ainda trabalho com meu pai ou se dirigo. Quando respondo: Sim, eu dirigo dirijo! - na sequência perguntam se eu "dirigo dirijo sozinha" e a seguir se eu também dirigo dirijo em estrada. Outras ainda me associam com samba ou pagode. Ah, o samba! O bom e velho samba sempre vai fazer parte do meu repertório; mas daí eu me pergunto em que momento The Strokes, Los Hermanos e Jamiroquai entraram para minha listinha de preferidos? Sozinha - porém não solitária, cabelos cacheados e luta contra a balança - são poucas das coisas que mantenho (nem todas por vontade) desde os tempos de outrora. E não dou garantia do tempo que elas ainda permaneceram. E tenho o dito.

Contabilizar a evolução pessoal sempre é bom.

A garganta arde.
Sequência de três espirro; uma constante.
Acho que vem gripe por aí.

O Dennys pediu pra não falar - por enquanto.
Segredinho temporário.
Que tô louca pra publicar aqui.
Descrever o que eu senti.
E adianto que é felicidade.
Ops! Deixa eu ficar quieta.
Já falei demais.

Acordar. Olhar para o rádio relógio - que marca 8:00 AM e lembrar que é sábado. Virar para o lado, abraçar o travesseiro e dormir mais um pouquinho. Despertar. Olhadela no jogo de basquete que passa na TV. Espreguiçar gostoso. Atravessar a casa de pjama. Na cozinha, fatiar em rodelas um pãozinho amanhecido. Estalar dois ovos e saborear o banquete. E que venha o final de semana. Bom Dia!

Nas músicas que escuto. No livro que leio. Desejo instantâneo: receber uma. Daquelas escritas a punho e que chegam pelo correio com selo e tudo mais. Que tenha como conteúdo coisas do cotidiano. Cores, cheiros, sabores, lugares, sentimentos. Que me aproxime em calegrafia de alguém próximo ou não.

Quem quiser meu endereço, é só pedir. Minha carência agradece.

A cabeça pesa. Idéias passam num filme sem sequência - sem cessar. Sensação de perda. Em algum momento ela se perdeu, tomou uma direção e foi.. sem sentir. No dia-a-dia usa de artimanhas para (se) maquiar e assim fica mais fácil encarar um dia de claro, por exemplo. Tem um olhar parado, nenhuma expressão em sua fisionomia. Enquanto isso, perdida em pensamentos, ela vagueia: "se tivesse largado tudo seria diferente?" Mergulha dentro de si e sente que o medo só a impediu de vivenciar emoções. Como seria? - continua a pensar - e um aperto súbito lhe toma. Atravessa a sala fria de seu apartamento que divide com ninguém. Na cozinha prepara um chá. Quem sabe ajude a aquecer o corpo que é frio como o que lhe resta de sentimento. Seu telefone não toca. Tem uma TV como companhia. Mas hoje, nada lhe causa distração. Não tem como fugir do que é seu. A felicidade foi coisa que não cativou.

Por vezes, ao longo do dia, me pego observando gente. Pode ser no trajeto casa-trabalho ou quando transeunte. Ao longe, quando vejo duas ou mais pessoas conversando - nas mais diferenciadas situações - crio diálogos para aquele momento. Traquinagem. Me divirto.

Tudo o que ouço - espontâneo e fascinante - causa risada curta. Assim como o que pode ser considerado fútil, insignificante e vão ao dia-a-dia me atrai. Pela manhã um morador de rua lavando o rosto numa poça de água. Um carro sendo guiado por um motorista particular enquanto no banco de trás um senhor lê as notícias do dia. A fila que se forma sobre o viaduto na busca de um prato de comida quente ao fim do dia. Crianças usando uniforme e carregando mochilas. Carros enfileirados na vinte e três de maio onde grande parte dos motoristas tem a mesma expressão no rosto. Idosos que se destacam entre os demais ao caminhar sem nenhuma pressa na Avenida Paulista na hora do almoço - benefício da idade conquistado com o tempo.

Contrastes me chamam atenção. Adoro sentir a sensação de quando algo me desperta interesse e faz pensar. Gosto do que pode vir a mudar velhos conceitos e reformular pensamentos - principalmente se até então nunca tinha sequer pensado sobre o assunto. Sonoridade de algumas palavras me encantam. Música me influencia. Anoto frases que leio - não com muita frequência. Por enquanto, eu me suporto.

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Hoje é teu aniversário e esse post é pra você!

Te desejo muita saúde, sorte e felicidade. Novos sons, sensações e conquistas. Curta essa nova etapa da tua vida. Saborei-a.

Espero te ver - e conversar com você - em breve. Não adianta escapar: você vai ter que me ouvir!!! E nada de apertar o off, hein!? Como diz o Rod: nós vamos berrar no teu ouvido!!!

A mesma do ano passado.
A mesma idéia.
A mesma convicção.
A mesma tristeza.
A mesma opinião.
Eu - já - não sou a mesma.

Barra Funda. Vinte e duas horas e quarenta e cinco minutos. Destino: Promissão. De imediato me senti em casa. Fui muito bem recebida, acolhida carinhosamente por toda família. Foram dias ótimos. Quando cheguei - na euforia - estávamos sem sono. Ficamos jogando conversa fora e esperando o sol nascer. No almoço, conversa boa na beira do fogão. Cervejinha, petisco de bife a milanesa e caldo de piranha (água de banho de puta). De sobremesa mexerica colhida do pé. Final da tarde fomos para o rancho. Lugar deslumbrante. Muitas fotos, risadas, conversa boa, cervejinha e batata palha. Sensação boa. De volta pra casa, Lalá mostrou duas de suas (ótimas) canções. Improvisos de bateria. Bruno no violão tocando Los Hermanos. Carol e eu reforçando o vocal. A noite festa na cidade e lá fomos nós! Acabamos na Tenda dos Amigos ouvindo música tchê tchê tchê tchêêê! Domingo lido de sol e calor. Típico domingo em família. E o dia já tinha gostinho de despedida.... Lalá, Bia, Carol, Tatí, Bruno, Nadja, Chicão, Dona Maria... Amei os dias que passamos juntos! Obrigado por tudo. Ah, sim.... o Fê fez falta. risos*

Esse post é bem detalhado, diferente do que eu costumo escrever. Foi o jeito que eu achei de agradecer a hospitalidade.

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Eu ganhei um do Fê

Bloquearam o acesso a qualquer link que contenha a palavra blog na empresa. De agora em diante só publico textos - e visito blogs - de casa. E foi assim, depois de um longo dia vim aqui digitar alguns caracteres nesse espaço e no meu monitor Down for Maintenance. Tudo bem - pensei - preciso acessar o ORKUT até porque faz meses que eu não passo por lá. Qual a minha surpresa ao ver em letras garrafais: Bad, bad server. No donut for you.

Aceito os sinais e me rendo a leitura.

Boa Noite!

dear, can't you see
it's them it's not me
we're not enemies
we just disagree
if i was like him
All pissed in this bar
he changes his mind
says i went too far
we all disagree
i think we should disagree, yeah
Is this it - The Strokes

É o nome do restaurante que eu fui almoçar dia desses. Escolhi o que comer com os olhos e com a alma. Lula. Camarão. Kani. Peixe. Misoshiro. Sobremesa: uma trufa de nozes. E o dia teve gosto de infância.

Ouvindo - e saboreando - o novo CD do Los Hermanos.

Sonhando em ter alguém para poder cantar Paquetá e curtir no melhor estilo dois pra lá, dois pra cá.

Amarante ao pé do ouvido e sua rouquidão é uma boa pedida, sempre.

Ela tem todo um quê, uma pose. Fala e gesticula todo o tempo. Maqueia sua insegurança. Ele, uma timidez que desperta toda a sua curiosidade zodiacal. Não é o olhar que envolve e sim a ausência dele. As frases ditas para dentro quase que num sussuro. E uma concordância em meio a uma conversa qualquer faz a risada presente, confirmando o sentimento de bem querer recíproco. Pura Imaginação.

E da tua história eu não sei
Mas me diga só o que for bom....
Um Amor Puro - Djavan

Jantar na casa da Tatí e do Fê. No menu: lasanha de carne sêca. Huummm, que delícia! Gente animada e papos variados com pausa para ouvir a Bia tocando violão e lembrar Carol que eu publiquei algo para ela aqui no blog. E tudo acabou em café expresso, claro!

Dias depois saí com Mariana Maricota para conversar. Nossa amizade estava à beira do naufrágio. Fui sincera e clara em relação aos meus sentimentos e postura adotada. A falta de liberdade, intimidade, a censura e restrição não combinam com uma relação - ao meu ver - duradoura. Passei longe de querer ter a total razão - isso deixei explícito. Não quero estagnar. Desejo que nossa amizade também não queira.

A semana foi de muito trabalho mas acabou em diversão. Sábado surreal no melhor estilo Além da Imaginação. Churrasco com samba. Eu - e os demais - saímos breacos. Domingo de telefonemas, cochilos e para encerrar festa infantil da fofa - tudo em família.

Fim do dia.

Alma leve.

Tantas coisas para publicar. Pensamentos, atitudes reais e idéias. Tempo voa e o trabalho consome. Treino a paciência, o meu perfeccionismo e faço fluir.

Remix Século XX
Wally Salomão
Armar um tabuleiro de palavras-souvenirs.
Apanhe e leve algumas palavras como souvenirs.
Faça você mesmo seu micro tabuleiro enquanto jogo linguístico.
Babilaque pop chinfra parangolé beatnick vietcong bolchevique technicolor biquini pagode axé mambo rádio cibernética
Celular automóvel buceta favela lisérgico maconha ninfeta megafone microfone clone sonar sputinik dada
Sagarana estéreo subdesenvolvimento existencialismo fórmica arroba antivirus motoserra mega sena
Cubofuturismo biopirataria dodecafônico polifônico naviloca polivox

na voz de Adriana Calcanhoto

Tião - meu carro - se fechou em copas. Trancou-se num mundinho de conforto. Acredito que ele não queira enxergar o que passa por ele todos os dias. Os vidros não descem, nenhum movimento sequer. Isso vai acabar o asfixiando. O alarme - aquela luzinha vermelha - pisca sem parar como se estivesse ativado. Uma farsa.

A vida é cíclica. Existe uma verdade (duelo) conflitante lá fora. Há beleza na rotina diária - depende do quê e como se quer enxergar. E ele vai aceitar tudo isso naturalmente. Ao seu tempo.

Obs: Essa imagem LINDA - que em breve virará adesivo - foi o Fê que fez! Menino talentoso....

Retomar as terças de limão.
.....Falta tempo.
..........E eu quero muito.
...............Pode ser de quinze em quinze dias.

..................Fê..................Carlão....................Giu..................Rod

Rod feito por ele mesmo. Os demais feitos por ela .

Por vezes, fico tempos sem agradecer o que tenho. Sinto falta.

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Sortimento

Aniversário do Colorido. Comida boa e gente animada. Amei! Detalhe para vela: uma rosa em botão com pavio no meio. Assim que ela apagou, a rosa se abriu e começou a tocar o Parabéns a você. No final da noite, o cansaço bateu... Manhã de sol. Reflexologia nos pés. Cervejinha com amigos na cozinha nova dele e dela - que por sinal está L I N D A! Em aproximadamente uma hora menos duas taças. Último dia da aula de dança. Caminhamos pela Avenida Paulista. Eu e ele de mãos dadas. Colocando a conversa em dia. Curtindo o sábado - que estava lindo! Dia de muito afeto. Porção de calabresa, frango a passarinho e mais algumas cervejinhas - e dá-lhe assunto. Na volta churros - com cobertura extra - CD genérico, sex shop, locadora e milkshake do Bob´s. Fim de noite. Café expresso e aconchegante. Dia feito de pequenos gestos de grande valor. No outro dia, clima preguiçoso. Almoço em família com direito a sobremesa. No apartamento da Marga; um cafezinho passado na hora. De volta pra casa. Fazendo cachecol debaixo do edredom. Já é fim de noite.