28 fevereiro 2007

JanelaS
O amor amanhece de janelas abertas e
Desperta com beijos de bom dia

Ser Pensante
Pensamento sempre atento
Traz à tona
Pequenos instantes
Momentos
De grande valia
E assim
Permanecem
Quando a razão
Cogita a posibilidade
Do esquecimento

Eu em mim
Os Momentos.
E não adianta
Outrem
Desejar possuí-los,
Pois não terá
A mesma cor,
Sabor e
O sentimento das horas...
Experiência pessoal e intransferível.
Ímpar.
Tempo
Pensava em cores. Que mudavam de tonalidade conforme a sensação: ora desconhecida, ora confortável. Tudo tão real. Tudo tão vivo. É isso que chamam de tempo?
Simetria - ou a falta de
Ríamos dos seus pés
Frases soltas
Riso espontâneo
Assuntos diversos
Tudo encaixava
O zelo ofertado
Desapercebidamente
Como forma de carinho
Tudo em
Entrelinhas
Da importância das coisas
Cada qual cultiva como sabe.
Recebe o que merece.
O ciclo é inevitável.
Ponto sem nó
A vida é sábia.
E o tempo
Seu braço direito
Trânsito
Em largas avenidas
Os semáforos
Brincam de colorir
- Carros estáticos -
Enquanto isso
Alguns condutores distraídos
Assistem o vai-e-vem
Das três cores
Saltitantes
Felicidade Repentina
Tem tempo próprio.
É imprevisível.
Pode surgir no refrão da canção
No cachorro esquisito que passa cheirando
A barra da tua calça
No sorriso do desconhecido
Ou na harmonia das flores ali da esquina.
Agora

27 fevereiro 2007

SURPRESA

Tatiane e Cleiton estão grávidos!
Agora, é só comemorar...

P r e g u i ç a
S o n o

E nem posso mais culpar o horário de verão.

26 fevereiro 2007

Não me diga que é utopia

Outro dia, cruzamento da Avenida Nove de Julho com Alameda Lorena. Uma caminhonete luxuosa pára distante da faixa de pedestre. Olho para os lados e vejo um garoto de no máximo sete anos que fazia malabares. Encaixei meu carro entre o vão da caminhonete e dos demais enquanto aguardava o semáforo verde e ali fiquei. O menino se posicionou na frente do meu carro, mexeu os pauzinhos e veio pedir um trocado - se ao menos ele soubesse como está minha conta nos últimos dias... Disse que não tinha, pediu bala e eu também não tinha e nisso percebo a tal luxuosa caminhonete se aproximando da faixa de pedestre, parando ao lado do meu carro. Me dei conta da loucura daquela situação: quem dirigia aquele carro estava apavorado, com medo daquela criança e foi relaxando pelo fato do menino ficar ali no vidro conversando comigo e eu, infelizmente, negando todos os seus pedidos. Sensação de tristeza. Lembrei do documentário Crianças Invisíveis, depois lembrei das crianças que conheci na Bahia e esse misto de sensações reafirmou a vontade de ter ou fazer parte de um projeto social e não só preparar sacolinha e vestir crianças no final do ano. Dá pra entender?


Se eu só lhe fizesse o bem
Talvez fosse um vício a mais
Você me teria desprezo por fim
Porém não fui tão imprudente
E agora não há francamente
Motivo pra você me injuriar assim

Dinheiro não lhe emprestei
Favores nunca lhe fiz
Não alimentei o seu gênio ruim
Você nada está me devendo
Por isso, meu bem, não entendo
Porque anda agora falando de mim

Injuriado
Chico Buarque - 1998

25 fevereiro 2007

Chove chuva
Depois de um sábado absurdamente quente, cai uma chuva torrencial na tarde desse domingo. A conversa é praticamente nada devido ao barulho. O volume da TV está no máximo e vai começar um filme...
Almoço em família
Hoje quem fez o almoço fui eu! Sim, fiz o convite para minha irmã e preparei um macarrão e dois molhos para acompanhar: molho vermelho e outro com creme de leite e atum. Para mim, que sempre fico com a louça pós-almoço, devo confessar que estava ótimo.
Crianças da família
Lição de Casa
Pergunta: Na sua casa moram três pessoas. Por dia, sua mãe usa 5 metros de fio dental, você usa 3 metros de fio dental e seu irmão usa 2 metros de fio dental. Quantos metros de fio dental sua família usa por semana?
Resposta: Em casa, não usamos fio dental.
No ônibus...
- Mãe, eu não preciso mais ir à escola porque eu já sei o que quero ser quando eu crescer.
- É filho! O que?
- Quero ser cobrador de ônibus. Não preciso mais estudar: eu sou bom em matemática e sei dar troco direitinho.
Colocando o quarto em ordem
E a pior parte, continua sendo a dos papéis...
Coisa boa é...
Acordar no meio da noite e ao se ajeitar na cama pensar no pouco tempo que falta para o despertador tocar e logo em seguida lembrar que é sexta-feira e você pode ficar muito mais do que cinco minutinhos...
Sonho
Fragmento do sonho dessa noite: meu pai vestindo minhas meias coloridas. Cada pé de um par diferente... Haja imaginação para tal interpretação.
Final do domingo
Com bolinho de chuva e café.
Gostinho bom.

23 fevereiro 2007

E chegou o carnaval

Squindô!
Squindô!
Ziriguidum!
Telecoteco!
Semanas antes do feriado pagão, pesquisei alguns lugares e os preços não eram nada convidativos. Sem planejamento algum, Vinhedo foi o lugar escolhido para compartilhar os dias com Mariana Maricota, Carlos, Tatica, , Rod e Carol – o elemento surpresa. Dias de sol e boas companhias: a química perfeita! Clássicos surgiram nessa viagem, mitos e pérolas da melhor qualidade.
Risadas, falatório, fotos, produção de filme trash, versões musicais lado B, supermercado, desenho, churrasco, playstation , sol, caipirinha e cerveja, mimos, piscina, guitarra, livros e... vestidinho xadrez! A gente fluía no tempo aproveitando cada minuto e diariamente perdíamos a noção da hora. Ficou uma questão: o que tem o vento noturno de Vinhedo que deixa a gente tão, assim... abobalhadamente feliz?!
Ainda sobre o carnaval
A Mocidade Alegre é CAMPEÃ do carnaval 2007!!! Assisti T O D O desfile pela TV, fui dormir com o céu clareando. Em algum canto de qualquer outra cidade do interior – através de telefonemas e torpedos – dividi com a Drica aflição, expectativa e ansiedade ao assistir a Mocidade na avenida e também ao acompanhar a apuração ponto a ponto. Alôôôôô você!

21 fevereiro 2007

Ultimamente

Falo palavras de baixo calão excessivamente.
Como menos, mas mais porcarias.
Planejo viagens e estudos.
Durmo pouco.
Falo muito.
Respiro.
Vivo.

13 fevereiro 2007


Querido Blog,

Rascunhos ganham vida. Textos surgem na minha mente e, por enquanto, lá permanecem. Sim, é verdade. Alguns estão no papel, mas são apenas esboços. Fragmentos. É, tem sido assim: dias cheios de sensações, sentimentos, saudades, vontades, dúvidas, desejos, planos, sorrisos, anseios, amadurecimento, projetos, calmaria. Para não ir contra a brasilidade, seus vícios e virtudes eu proclamo que volto à ativa depois do carnaval.

Com carinho,

No último outono

Hoje eu quis gritar no seu ouvido: Você não sabe nada de mim! Depois do grito, não senti alívio. A sensação foi péssima; devo confessar. Percebi que não posso correr para você todas às vezes que perco o rumo, perco o prumo e a direção. Queria entender como você consegue conviver com opostos. Como sua voz cativante contamina o ar e faz com que a (tua) tristeza passe desapercebidadespercebida. Sim, é verdade. Com você, fico à vontade para rir, chorar, fantasiar e me sinto desejada.E você nem sabe quem eu sou...

12 fevereiro 2007

Beijo na testa
Um gesto da maior delicadeza.
Que transmite bons sentimentos.
Mas que não se opõe ao líbido.
Tudo depende de como é ofertado

Pode transmitir respeito e bem querer
Ou alimentar de desejo o instinto

Nos cabelos dela se toca, ouviu?
Cabelo ruim é igual bandido: ou 'tá preso ou 'tá armado.
*provérbio (de um) soteropolitano

Psiu!
Outro dia, mas não um dia qualquer
Éramos dois
Com alto teor alcóolico circulando em meu organismo
Desvirginei segredos
Tornei-os verdades
Naquele momento, outros segredos foram criados
Inacabada história
Gestos
Uma flor
Um afago
Um olhar sincero
Palavras soltas
são
Verdades do instante
Luzes coloridas
refletem
Mãos que percorrem
o todo
Testemunha das horas
O enxugar da lágrima,
a compreensão
Todo sentimento potencializado
E faz-se presente o ato de ressignificação


(Bons) Momentos
- Andar de meias pela casa
- Descalça pela grama
- Morder o cantinho da boca
- Efeito e causa de risada espontânea
- Coçar os olhos
- Beijo na nuca, nas costas e na barriga
- Livro na praia
- Dormir na rede
- Abraço apertado
- Amigos
- Musicalidade
- Massagem
- Chuva para dormir
- Incenso de mel acesso
- Intimidade
- Pé na areia
- Dois travesseiros
- Pergunta de criança
- Doce de leite

Circulô

Mudou a lua.
Mudou o mês.
Mudou o cabelo.
Mudou o tecido.
Mudou o humor.

Mudou a estação.
Mudou o som.
Mudou o endereço.

Mudou o caminho.
Mudou a cidade.
Mudou o emprego.
Mudou o amor.
Se Mudou.

11 fevereiro 2007

A todos que não foram e não ligaram
Fernanda Young

Bom, você não foi. E não ligou. A mim, só restou lamentar a sua falta de educação. Imaginando motivos possíveis. Será que você não foi porque realmente não pôde ou simplesmente não quis? Será que não ligou para não me magoar ou justamente o inverso disso?

Estou confusa, claro. Achava que você iria.

Tanto que eu aguardei sua chegada por mais minutos do que deveria, inventando desculpas esfarrapadas para mim mesma. O trânsito, o horário, a meteorologia. Qualquer pneu furado serviria. E até o último instante, juro, achei que você chegaria a qualquer momento. Pedindo perdão pelo terrível atraso. Perdão que você teria, junto com uma cara de quem está acostumada, e assim encerraríamos o assunto. Mas você não foi.

Esperei outro tanto pelo seu telefonema, com todas as esclarecedoras explicações. Para cada razão que houvesse, pensei numa excelente resposta. Para cada silêncio, num suspiro. Para cada sensatez de sua parte, numa loucura específica da minha.

Se você tivesse ligado do celular, eu seria fria. Se tivesse ligado do trabalho, seria levemente avoada. Se a ligação caísse, eu manteria a calma.

Foram muitos dias nessa tortura, então entenda que percorri todas as rotas de fuga. Cheguei a procurar notícias suas pelos jornais, pois só um obituário justificaria tamanha demora em uma ligação.

Enfim, por muito mais tempo do que desejaria, mantive na ponta da língua tudo o que eu devia te dizer, e tudo o que você merecia ouvir, e tudo. Mas você não ligou.

Mando esta carta, portanto, sem esperar resposta. Nem sequer espero mais por nada, em coisa alguma, nesta vida, para ser sincera. No que se refere a você, especialmente, porque o vazio do seu sumiço já me preenche; tenho nele um conforto que motivos não me trarão.

Não me responda, então, mesmo que deseje. Não quero um retorno; quis, um dia, uma ida. Que não aconteceu, assim deixemos para lá.

Estaria, entretanto, mentindo se não dissesse que, aqui dentro, ainda me corrói uma pequena curiosidade. Pois não é todo dia que uma pessoa não vai e não liga, é? As pessoas guardam esses grandes vacilos para momentos especiais, não guardam?

Então, eis a minha única curiosidade: você às vezes pensa nisso, como eu penso? Com um suave aperto no coração?Ou será que você foi apenas um idiota que esqueceu de ir?
*Dedicado ao
Carlão e a Tatí

06 fevereiro 2007

Prometo

Mais uns dias e eu atualizo esse BLOG.