30 maio 2007

Forma de um cubo de gelo!!!

É a tradução de hoje.
Noite em São Paulo.
Dez graus e uma garoa típica da metrópole.

Vontade de tomar caldinho de feijão.
Tomar sopa no pão italiano.
Beber vinho tinto.
Comer chocolate.
E, claro: fugir da balança!!!

Agora, dei de dormir tarde.
Sim, claro! Tenho motivos, admito e não nego.
São as pr-é-ocupações, toda agitação do dia, o excesso de responsabilidade dos últimos tempos em dose dupla: na empresa e em casa. Fora as loucuras do dia-a-dia que acumulam com o resto e a soma das migalhas resultam em noites de sono mal dormidas. Acordo no horário de sempre, mas o sono chega lá pelas duas (ou mais) da manhã. De sete, reduzi minhas horas de sono para seis ou menos. Uma vidinha muito sem sal e sem açúcar ou leia uma vidinha que eu não quero levar... Mexendo os pauzinhos.

25 maio 2007

No púlpito

Lembra que com dezesseis anos - de frente para o espelho - ela imaginava sua vida aos dezoito. Aos dezoito esqueceu dos planos que fez aos dezesseis e acredita que atingiu a maturidade depois dos vinte e quatro ou vinte e cinco anos. Hoje, a partir das 16:00hs, a canção Vinte e poucos anos eternizada na voz de Fábio Jr. e À palo seco do Belchior ficarão incompatíveis com o seu registro de identidade - para ela que adora fazer referências pessoais em canções e citações poéticas; uma perda incalculável.

Nostálgica? Sim, ela deixou de ser nostálgica já faz algum tempo. Um bom exemplo é o fato de não colecionar mais álbuns de fotografia. Confidencia que hoje sente mais prazer em estar (no) presente, no momento seja ele qual for, ao invés de por obrigação registrá-lo: não quer mais imagens congeladas em papel, na sua mente elas ganham movimento, vida e despertam sensações. Quando o faz; é por vontade e desejo. Claro que ela não deixou de amar fotografia! Diz que é irreversível e desafia para que você a questione aos cinqüenta anos ou mais dando garantia que a resposta será idêntica e no mesmo tom de empolgação. Recorda que dia desses, apesar de não saber cuidar de plantas, comprou um livro de orquídeas só pelas belas fotografias. Planta é uma paixão mal explorada; admite. Confessa que nem cacto resistiu ao seu (não)cuidado. De tempos em tempos pesquisa no wwwponto curso de jardinagem e jura que ainda há de fazer um.

Não consegue ser breve em suas explicaçõe. Conta detalhes e minúcias o que acaba (também) incomodando - a si. Quando atenta, têm trabalhado intensamente esse desconforto e manda avisar que apesar de antenada; hoje abriu uma exceção por ser uma data festiva. Ela pede educadamente, porém com uma voz acelerada num tom desafiador e os olhos semi-abertos que destacam ainda mais o seu nariz arrebitado que pergunte aos pais dela se hoje é ou não é uma data festiva. Assim que acaba a frase, solta um meio-sorriso e uma covinha surge do esquerdo da face o que destaca seus olhos: um maior que o outro; como nessa caricatura aí ao lado.

Segundo sua mãe, foi uma criança que não deu trabalho, já para o pai ela foi o filho que ele não teve. Uma criança feliz, carinhosa, chorona e que teve gambitos até os dez anos de idade. Usou aparelho ortodôntico três anos - ou mais - e nunca quebrou um osso do corpo sequer. Aos onze anos, devido a uma luxação, usou goteira e acredita que ter pulado corda com a tal goteira influenciou para que o pé fosse engessado quinze dias depois da brincadeira. Fez aulas de jazz até os quinze anos e a dança, num ato inconsciente, revela um pouco mais quem é ela. Hoje é (bem) menos tímida do que tempos atrás, mas algumas ações ainda fazem suas bochechas queimarem - na maioria das vezes algo que seja imprevisível ou inesperado. Tem coragem para algumas coisas que muitos temem e é receosa para o que muitos arriscam com facilidade.

A curiosidade é uma constante e crescente, o que particularmente não acha ruim. Rindo, lembra de uma época onde não havia Discovery ou History Channel; assistindo Comando da Madrugada viu uma reportagem sobre uma capela construída com ossos humanos - teve a oportunidade de conhecer e fez uma viagem de cinco horas de carro com a família até chegar ao local. Guarda essa sensação de desbravamento até hoje, muito parecido com o que sentiu no final do ano passado quando esteve em Corumbau e avistou o Monte Pascal. Faz muitos planos de viagem e não abre mão de conhecer Ilha de Páscoa. Disney? Se for, é só depois dos quarenta...

Um dia roeu unhas, hoje não mais. Ultimamente, usa muito esmalte escuro: coisa que jamais imaginou que pudesse gostar. Investe no ato da flexibilidade, do experimentar, do ímpar e se lhe cair bem o ato, revê (ou muda) a sua opinião até dado momento. Quando pensativa, morde o cantinho da boca. Teve mais paixões platônicas do que namorados. Quanto aos namorados, o quanto soube e lhe foi permitido, amou intensamente cada qual no seu devido momento e sem meias palavras afirma que sempre sentiu amor. Gosta do clima da intimidade a dois, aquela coisa de poder ser quem se é, a troca, o envolvimento... Acha poesia nisso tudo. Quando nervosa ou aflita, coça o nariz. É impaciente e fica irritada quando não consegue expressar o que pensa – ela tem consciência de que é um tanto confusa por pensar demais e numa forma sem ordem muitas coisas ela pensa e entra em conflito quase que diário com seus pensamentos - ela justifica e se defende dizendo que eles, os pensamentos, tem vida própria. Não tem noção de espaço, quilometragem e distância. Quando dirige, erra caminho com facilidade, daquelas que se perde ao fazer o retorno no quarteirão.

Quer aprender uma nova língua, fazer uma especialização e não faz questão que seja na área em que atua, faz listas do que deve fazer no dia ou na semana e quase nunca conclui todos os itens da lista acumulando para a semana seguinte outros mais. Adora ir ao mercado, homens na cozinha e sacadinhas inteligentes. Não consegue classificar shopping como lazer e acha que não é impulsiva muito menos consumista. Não liga o carro sem antes colocar o rádio. Tem dificuldade em ser pontual. Quer voltar a nadar e não desistiu de correr. Apesar de não freqüentar assiduamente, gosta do Ibirapuera, dos botecos e do centro da cidade de São Paulo. Têm muitos planos e metas, alguns medos e um punhado de sonhos.

Ela tem paixão por música de qualquer nacionalidade desde que tenha uma sonoridade que lhe agrade. Gosta de composições e esse é um dos fatores da música brasileira estar tão presente no seu dia-a-dia. Adora poesia e continua comprando livro se o título lhe chama atenção. Na mesma proporção e intensidade é a sua paixão pelos filmes. Muitas em uma só. A complicadíssima trindade dos nomes próprios é sua auto-definição. Adora cores primárias e o marrom também. Admira e têm fascínio por trabalhos manuais. Aromas, velas e incensos: ela sempre os têm por perto, numa gaveta logo ali. Pequenos cacarecos e quinquilharias também são bem-vindos. Ela é alternativa para uns, estranha para outros, comum para muitos e sempre que possível; transparente com todos. De tempos em tempos não é a mesma. Carrega seus dias cinzentos, suas ranhetices, seus defeitos e têm um abraço forte e apertado que só ela sabe... Ela é traduzida por vários, mas raros são os que a conhecem.

Essa é a sinopse de uma vida ExtraOrdinária de um ser humano que tem muitos questionamentos, algumas (frágeis) certezas e acredita piamente na lei da ação e reação. Quer ter saúde, um cachorro labrador, pessoas queridas sempre por perto e tranqüilidade de hoje rumo ao futuro. Muito prazer, me chamo Katia e hoje é meu aniversário.

*Texto escrito e publicado dia 24/04 às 22:05hs

24 maio 2007

Os últimos cinco minutos

Tem feito você o que prometeu ao anjo?

23 maio 2007

F5

"...Há vinte anos você nasceu
Ainda guardo um retrato antigo
Mas agora que você cresceu
Não se parece nada comigo
Esse seu ar de tristeza
Alimenta a minha dor
Tua pose de princesa
De onde você tirou

Amanhã, amanhã
Amanhã é 23
São 8 dias para o fim do mês... "

Amanhã é 23
Kid Abelha

*É preciso dar um refresh no cotidiano URGENTEMENTE

21 maio 2007

No Sense - A série II

Quem sabe qual é a hora certa?

Quem tem a medida da paixão?

Quem tem o parâmetro que mantém a situação sob controle?

Quem define o que é o certo?

Quem classifica o que é errado?

Quem você pensa que é?

O que você realmente é?

19 maio 2007

Tranquilidade. Alguém tem o telefone do delivery?

* céu de Vinhedo, aquele que traz o vento noturno

At Office

Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o outro.
O Outro
Poesia de Mário de Sá-Carneiro na voz de Adriana Calcanhotto

18 maio 2007


Me entreguei à acupuntura.
Uma das melhores descobertas do ano.
Praticamente um vudu de mim, com direito a várias sementes na orelha.
E pensar que tudo começou com uma dor nas costas...

17 maio 2007

Números

Ontem meu avô fez 93 anos.
Estou trabalhando em média 10 horas por dia.
Durmo aproximadamente 7 horas.
Faz um tempo que deixei de beber 2 litros de água por dia.
Li apenas 1 livro esse ano.
E faltam 8 dias para a chegada do meu céu astral.

No Sense - A série

Eu não me encaixo
Eu cacho
Eu não me vejo
Eu corro
Eu não resisto
Eu canso
Eu não me calo
Eu avesso
Eu não desligo
Eu penso
Eu não insisto
Eu vejo
Eu sou muitas
Eu coisas
Eu sou tempo
Que passa rasgando
E vou imprimindo minhas digitais por aí...

13 maio 2007

Até quando estarei aqui?
Quer tudo
Tempo, atenção,
Afeto e compreensão

Cada qual ao seu tempo; os têm

- pela minha óptica peculiar.

De tão próximo, tão perto
Está completamene míope
E não desfruta os momentos
Ferindo com palavras
Num (breve) momento.


E fantasia outros quereres
Perdendo o sabor do instante,
A magia das horas e
O dia chega ao fim


"...Um olhar sobre o muro
Seu jardim já morreu
Deixe de ser tão inseguro
A casa está cheia de flores e você nem percebeu...

De que vale plantar se você não colher
É preciso esperar pra ver
Molhar, proteger
É preciso esperar pra ver
Brotar, florescer
É preciso esperar pra ver..."
Gramado
LUDOV

11 maio 2007

Para ouvir no último volume

"...I'm not sick
but I'm not well
And I'm so hot
'cause I'm in hell..."
LIT - FlagPole Sitta

Viciei no vídeo que o Weno publicou.
Concordo com ele quando diz que a gente fica feliz só de assistir.
Quer felicidade instantânea? Clique aqui.
Sugiro que baixe a música e escute antes de começar seu expediente.
É..... tipo um mantra.
Experimente!
Não custa nada...
Ah, sim! Eu acho formal chamar o de Weno. :o)

10 maio 2007

Diversão Garantida

Vi aqui.

Não resisti e me joguei!
Adorei a versão Manga Cartoon!

09 maio 2007

OSHO


Tio, esse vídeo é pra você ____Cheguei cansadíssima em casa, sem forças. Desejando minha cama e uma boa noite de sono. O telefone toca minutos depois que estaciono meu carro na garagem e meus planos ficaram literalmente em segundo plano. A notícia não é agradável. É indigesta: meu tio Alberto - irmão do cunhado da minha mãe - faleceu hoje, horas atrás. Um cara que me fez rir com suas piadas. Aliás, as melhores piadas, sacadas e trocadilhos são dele. Passamos bons momentos juntos; em família. Através dele, foi que conheci o lugar onde hoje me refugio no interior. Fiquei (muito) abalada, mas confesso que sorrio ao imaginar ele fazendo piadinhas onde quer que esteja. Refleti sobre a minha semana, meu excesso de cobrança, falta de diálogo e no quanto vale a pena toda essa loucura... Pode ser o momento, mas desejo me empenhar arduamente na tarefa de ser mais leve...

*Recebi esse vídeo de um amigo querido que há pouquíssimo tempo descobriu esse espaço - sinto muita falta das nossas conversas on line... Um amigo que quando digo que ele não vale R$ 1,99 ele me responde que vale sim, e ainda dá troco! Gente do bem, inteligente, bem humorado e que por opção quero tê-lo sempre por perto - mesmo com aquele chope embaçado de sair...

06 maio 2007

O gosto que eu gosto

Gosto de gente que fala o que pensa sem se preocupar com o julgamento daqueles que ouvem
Gosto de gente que se permite ouvir - e digerir - um (novo) ponto de vista ofertado; qualquer que seja desde que vá além do umbigo daquele que se propôs ouvir
Gosto dos que argumentam - sem arrogância - e defendem o seu ponto de vista
Gosto da criatividade da criança, de suas observações peculiares, da ingênua curiosidade e das frases espontâneas
Gosto da quebra dos padrões; desses que cada um cria pra si - defina como voltar atrás (ou progredir)
Gosto da preguiça matinal nos dias cinzas de chuva desde que não exista relógio, compromisso, nem pressa
Gosto do cheiro que a chuva traz seja na cidade ou no campo; tanto faz
Gosto de água não muito gelada e apesar de não ser boa de copo; gosto de chope gelado e cerveja de garrafa
Gosto de risada longa, daquelas que fazem doer a barriga, lacrimejar e perder o fôlego
Gosto de dirigir por caminhos até então não percorridos desde que não seja madrugada
Gosto do improviso que dá sutileza ao dia-a-dia, da espontaneidade e do gosto da amêndoa
Gosto de poesia, da flor margarida e do perfume do jasmim
Gosto de pisar descalça na grama, olhar nos olhos e me deixar encantar pela lua cheia
Gosto de cinema, amo teatro e show ao vivo
Gosto da verdade na cara - o que é coisa rara - à dissimulação por medo, fuga e outros motivos que classifico como banais
Gosto de roupa confortável, brinco prateado e vez ou outra não abro mão de um salto alto
Gosto do barulho da onda quebrando no mar, do uivar do vento que sopra no campo - para mim, um cantar
Gosto das cores da cidade que contrastam com o cinza, de tomar café expresso e das padarias de São Paulo
Gosto de livraria, algumas novas tecnologias, agulha de vitrola e disco de vinil
Gosto de artesanato, de gente do mato que diz o que sente no português errado e de gente inteligente que me faça rir
Gosto dos motivos pelos quais nos últimos tempos meus amigos confidenciam se apaixonar; pode ser quando descrevem a pele de pêssego, o olhar ou quando dizem que trocaram a beleza inquestionável de uma mulher pela inteligência, independência e humor de outra nem tão bela assim
Gosto do sorriso solto, do abraço apertado e de dormir de bruços com travesseiros por todos os lados
Gosto de (re)pensar diferente, conhecer nova gente, ter tempo e tranqüilidade para estar com os meus
Gosto da minha voz quando rouca, de clarear os pêlos do meu corpo periodicamente e acender incenso para dormir
Gosto de quem tem sonho, acredita e faz acontecer - isso me inspira, tira meus pés firmes do chão e amplia minha visão
Gosto da cor vermelha, pouca maquilagem e dos meus cabelos cacheados
Gosto de ficar sozinha em silêncio, falo pelos cotovelos e não sei onde tudo isso (EU) vai parar...