JanelaS
O amor amanhece de janelas abertas e
Desperta com beijos de bom dia Ser Pensante
Pensamento sempre atento
Traz à tona
Pequenos instantes
Momentos
De grande valia
E assim
Permanecem
Quando a razão
Cogita a posibilidade
Do esquecimento
Eu em mim
Os Momentos.
E não adianta
Outrem
Desejar possuí-los,
Pois não terá
A mesma cor,
Sabor e
O sentimento das horas...
Experiência pessoal e intransferível.
Ímpar.
Tempo
Pensava em cores. Que mudavam de tonalidade conforme a sensação: ora desconhecida, ora confortável. Tudo tão real. Tudo tão vivo. É isso que chamam de tempo?
Simetria - ou a falta de
Ríamos dos seus pés
Frases soltas
Riso espontâneo
Assuntos diversos
Tudo encaixava
O zelo ofertado
Desapercebidamente
Como forma de carinho
Tudo em
Entrelinhas
Da importância das coisas
Cada qual cultiva como sabe.
Recebe o que merece.
O ciclo é inevitável.
Ponto sem nó
A vida é sábia.
E o tempo
Seu braço direito Trânsito
Em largas avenidas
Os semáforos
Brincam de colorir
- Carros estáticos -
Enquanto isso
Alguns condutores distraídos
Assistem o vai-e-vem
Das três cores
Saltitantes
Felicidade Repentina
Tem tempo próprio.
É imprevisível.
Pode surgir no refrão da canção
No cachorro esquisito que passa cheirando
A barra da tua calça
No sorriso do desconhecido
Ou na harmonia das flores ali da esquina.
Agora
27 fevereiro 2007
SURPRESA
Tatiane e Cleiton estão grávidos!
Agora, é só comemorar...
26 fevereiro 2007
Não me diga que é utopia
Se eu só lhe fizesse o bem
Talvez fosse um vício a mais
Você me teria desprezo por fim
Porém não fui tão imprudente
E agora não há francamente
Motivo pra você me injuriar assim
Dinheiro não lhe emprestei
Favores nunca lhe fiz
Não alimentei o seu gênio ruim
Você nada está me devendo
Por isso, meu bem, não entendo
Porque anda agora falando de mim
Injuriado
Chico Buarque - 1998
25 fevereiro 2007
23 fevereiro 2007
E chegou o carnaval
Squindô!
Telecoteco!
21 fevereiro 2007
Ultimamente
Falo palavras de baixo calão excessivamente.
Como menos, mas mais porcarias.
Planejo viagens e estudos.
Durmo pouco.
Falo muito.
Respiro.
Vivo.
13 fevereiro 2007
No último outono
12 fevereiro 2007
Beijo na testa
Um gesto da maior delicadeza.
Que transmite bons sentimentos.
Mas que não se opõe ao líbido.
Tudo depende de como é ofertado
Pode transmitir respeito e bem querer
Ou alimentar de desejo o instinto
Nos cabelos dela se toca, ouviu?
Cabelo ruim é igual bandido: ou 'tá preso ou 'tá armado.
*provérbio (de um) soteropolitano
Psiu!
Outro dia, mas não um dia qualquer
Éramos dois
Com alto teor alcóolico circulando em meu organismo
Desvirginei segredos
Tornei-os verdades
Naquele momento, outros segredos foram criados
Inacabada história
Gestos
Uma flor
Um afago
Um olhar sincero
Palavras soltas
são
Verdades do instante
Luzes coloridas
refletem
Mãos que percorrem
o todo
Testemunha das horas
O enxugar da lágrima,
a compreensão
Todo sentimento potencializado
E faz-se presente o ato de ressignificação
(Bons) Momentos
- Andar de meias pela casa
- Descalça pela grama
- Morder o cantinho da boca
- Efeito e causa de risada espontânea
- Coçar os olhos
- Beijo na nuca, nas costas e na barriga
- Livro na praia
- Dormir na rede
- Abraço apertado
- Amigos
- Musicalidade
- Massagem
- Chuva para dormir
- Incenso de mel acesso
- Intimidade
- Pé na areia
- Dois travesseiros
- Pergunta de criança
- Doce de leite
Circulô
Mudou a lua.
Mudou o mês.
Mudou o cabelo.
Mudou o tecido.
Mudou o humor.
Mudou a estação.
Mudou o som.
Mudou o endereço.
Mudou o caminho.
Mudou a cidade.
Mudou o emprego.
Mudou o amor.
Se Mudou.
11 fevereiro 2007
Bom, você não foi. E não ligou. A mim, só restou lamentar a sua falta de educação. Imaginando motivos possíveis. Será que você não foi porque realmente não pôde ou simplesmente não quis? Será que não ligou para não me magoar ou justamente o inverso disso?
Estou confusa, claro. Achava que você iria.
Tanto que eu aguardei sua chegada por mais minutos do que deveria, inventando desculpas esfarrapadas para mim mesma. O trânsito, o horário, a meteorologia. Qualquer pneu furado serviria. E até o último instante, juro, achei que você chegaria a qualquer momento. Pedindo perdão pelo terrível atraso. Perdão que você teria, junto com uma cara de quem está acostumada, e assim encerraríamos o assunto. Mas você não foi.
Esperei outro tanto pelo seu telefonema, com todas as esclarecedoras explicações. Para cada razão que houvesse, pensei numa excelente resposta. Para cada silêncio, num suspiro. Para cada sensatez de sua parte, numa loucura específica da minha.
Se você tivesse ligado do celular, eu seria fria. Se tivesse ligado do trabalho, seria levemente avoada. Se a ligação caísse, eu manteria a calma.
Foram muitos dias nessa tortura, então entenda que percorri todas as rotas de fuga. Cheguei a procurar notícias suas pelos jornais, pois só um obituário justificaria tamanha demora em uma ligação.
Enfim, por muito mais tempo do que desejaria, mantive na ponta da língua tudo o que eu devia te dizer, e tudo o que você merecia ouvir, e tudo. Mas você não ligou.
Mando esta carta, portanto, sem esperar resposta. Nem sequer espero mais por nada, em coisa alguma, nesta vida, para ser sincera. No que se refere a você, especialmente, porque o vazio do seu sumiço já me preenche; tenho nele um conforto que motivos não me trarão.
Não me responda, então, mesmo que deseje. Não quero um retorno; quis, um dia, uma ida. Que não aconteceu, assim deixemos para lá.
Estaria, entretanto, mentindo se não dissesse que, aqui dentro, ainda me corrói uma pequena curiosidade. Pois não é todo dia que uma pessoa não vai e não liga, é? As pessoas guardam esses grandes vacilos para momentos especiais, não guardam?
Então, eis a minha única curiosidade: você às vezes pensa nisso, como eu penso? Com um suave aperto no coração?Ou será que você foi apenas um idiota que esqueceu de ir?
06 fevereiro 2007