Profecia
Antes de 2007, quero:
- Livro de leitura inacabada concluir
- Dois filmes no cinema assistir
- Filme em DVD finalizar
- Família de perto e de longe
aproveitar...
22 dezembro 2006
Hoje
vendo fotos de um desconhecido
em algum momento
te achei
e
revivi
o que mais em você
eu gosto
seu (jeito de) olhar
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Tive um sonho
Dona de um floricultura
Eu era e
Ganhava flores
Diariamente
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Cinema
e
Fotografia
Paixão
dos
Cinéfilos
* _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ *
Vontade
de deixar
a megalópole
por uns tempos
abrigo (s)
já descolei
em mente
traço caminhos
quicá
sem (breve) volta
* _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * _ * Depois de
questionar
há quanto tempo
não tomava chuva
olhei a núvem negra
acima da minha cabeça
e deixei ela
e mim cair
20 dezembro 2006
19 dezembro 2006
Cordel do Fogo Encantado*
Ê nunca mais eu vi
Os oím do meu amor
Nunca mais eu vi
Os oím dela brilhar
Nunca mais eu vi
Os oím do meu amor
São dois jarrinho de flor
E todo mundo quer cheirar
Os Oim do Meu Amor
Interpretação de imagens vindas, na música dos emboladores da Pracinha do Diário
Adaptação: Lirinha
Se um dia nós se gosta-se
Se um dia nós se quere-se
Se nós dois se emparea-se
Se jutim nós dois vive-se
Se jutim nós dois mora-se
Se jutim nós dois drumi-se
Se jutim nós dois morre-se
Se pro céu nós assubi-se
Mas porém se acontece-se de São Pedro não abri-se
A porta do céu e fosse te dizer qualquer tolice
E se eu me arrimina-se
E tu com eu insinti-se
Prá que eu me arresouve-se
E a minha faca puxa-se
E o bucho do céu fura-se
Távez que nós dois fica-se
Távez que nós dois cai-se
E o céu furado arria-se
E as virgem todas fugir-se
Ai Se Sesse
poema de Zé da Luz interpretado por Lirinha
*Show (muito) esperado. Pura percussão. Poesia. Interpretação. Recomendadíssimo. Registrando minha primeira experiência de assistir um show sozinha... curti.
18 dezembro 2006
Seja Bem Vinda!!!
Nasceu Helena.
Filha da Giuliana e do Rodrigo.
Irmã do Giorgio.
e a família cresce....
Ciclo
Queria escrever ao que causasse impacto
frase de efeito talvez
seria bem clichê
mas o faria
Como criar se não sei definir, pergunto
o sentir já não basta
essencial é agir
Então vai, grito
Hoje sonho menos
Se isso é bom? Não sei
O tempo sabe
Eu sinto (muito)
Sulfite A4 em branco
melhor definição
Para minhas idéias
e pensamentos
Minha loucura
já companheira
e faceira
permite dominar
E sem que eu perceba
A cada sol
Surguem
os primeiros traços
Rabiscos na folha em branco
que ao final do dia
na lata de lixo
vão parar
Meu porto seguro é flutuante.
15 dezembro 2006
Parabéns para minha irmã predileta
14 dezembro 2006
Para sempre é sempre por um triz

Complicada essa relação onde a fragilidade de sentimentos é aguda e surge em momentos inesperados. Com receio de perder o controle ou aumentar a ansiedade relativa a tal situação muitas vezes penso passar a impressão de pessoa fria ou indiferente; o que não é verdade. Não me faz bem alimentar um sentimento que pode gerar desespero e sofrimento desnecessário. Nem sempre me sinto confortável com essa minha atual postura, mas é a que sei fazer nesse momento diante da tal situação e ponto. Esse espaço virtual que mescla fantasia e ficção hoje se permitiu a um desabafo.
Dia 09 de novembro. Aniversário da minha avó Beatriz. Vó Bia. Oitenta e sete anos. Quinze netos. Oito ou nove bisnetos. Dois anos e meio com Alzheimer. Aos dezessete perdeu a mãe e sendo a irmã mais velha assumiu a responsabilidade da casa. Casou com meu avô - que faleceu dois anos antes dos meus pais casarem - e dos filhos que teve, seis estão vivos. Dizem que sempre foi mulher de gênio forte. As amarguras da vida fizeram com que ela tivesse dificuldade em dar e receber carinho. Talvez essa atitude tenha sido fator fundamental para suas filhas, no geral, serem mães super-protetoras. Freud explica... Sempre morou sozinha. Adorava ouvir rádio AM - isso inclui Gil Gomes e as suas narrativas dramatotrágicas. Adorava programa de culinária. Vivia anotando receitas e dessas muitas fazia. Com o tempo a coisa foi diminuindo e ela não quis mais saber do fogão. Indícios da doença. Guardava o dinheiro na alça sutiã e a chave de casa também. Cuidava das plantas e arrancava os matos da chácara. Pessoa vaidosa. Sentava com as pernas cruzadas e coluna reta - postura impecável que era motivo de brincadeira na família. Ficava na chácara durante horas. Tirava uma soneca durante a tarde. Nas férias cedia a forma de gelo (de alumínio) para que fizessemos gelinho com Ki-Suco. Dela guardo a imagem de vó cabelinho branco algodão. Dando uma bronca aqui outra ali por causa das nossas artes e dizendo "..como você cresceu! Daqui a pouco me passa..." e não demorou muito para que todos os netos - sem exceção - ultrapassassem o um metro e meio de avó. Suas demonstrações de carinho nem sempre eram verbais. Das reuniões dominicais ao café da tarde semanal onde café puro era servido com bolo e lanche no pão de forma com maionese, queijo, presunto e alface e as brincadeiras com os primos na chácara permitiam que nós soltássemos a imaginação como dividir times para fazer "guerra de picão" onde a equipe que tinha mais daquele mato no uniforme escolar ganhava. Podíamos pegar manga, amora e pitanga no pé. A chácara é uma das mais fortes referências que tenho da infância onde nos divertíamos, fazíamos pique-niques e sempre quebrávamos copos e a avó nunca ficava sabendo! Fazíamos festas juninas, colhíamos matos, pétalas de rosas e misturávamos com amaciante ou detergente e tranformávamos em perfume. Ah, também haviam regras: era expressamente proibido pegar amora quando usávamos uniforme porque manchava e as se acontecesse rendiam broncas inesquecíveis. Frutas como manga, abacate, fruta-do-conde, limão e banana estavam liberadas. O pé de café era nosso ponto de encontro. Nas férias, eu e mais alguns primos dormíamos um final de semana na casa dela. No café da manhã tinha ovo com pão amanhecido. Durante toda tarde ficávamos na chácara e na hora de dormir ela doava a cama para que todos dormissem juntos. Ela dormi sentada no sofá - em frente a TV - com os óculos na cara com medo de algum de nós pisar e quebrar sem querer. Doação: sua prova de amor. Hoje é praticamente impossível entender o que ela diz. Já não anda e precisa de ajuda para se alimentar. O mágico dessa história de vida é que hoje são os filhos - e a nora - que cuidam dela com todo o amor e paciência. Oportunidade e experiência única. A vida é ciclica. O que eu posso desejar para ela no dia do aniversário e os outros mais que virão é muita saúde e agradecer por proporcionar momentos lúdicos, afetuosos e memórias agradáveis. A bença minha vó.
07 dezembro 2006
04 dezembro 2006
O que é isso?
Dois travesseiros
Privilégio é adormecer com o barulho da chuva.
Acender um incenso.
Folhear um livro.
E pegar no sono.
boa noite.
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Em OFF
Numa noite agradável - dessas que ficam guardadas em algum cantinho da gente - na nossa conversa intimista eu disse à ele que minha salvação era a arte. Embriaguez ou resposta inconsciente? Vá saber...
Expressão espontânea e verdadeira
ADORO quando ela vê alguém na bateria ou percussão e olha pra mim com olhinhos brilhantes e diz "Katí, oh você lá! Eu te vejo lá, você não vê?" Sim, minha linda... eu me vejo lá.
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Voltas
Carlos voltou da Bahia.
Rodrigo voltou do Rio.
Katia continua vagando em si.
E nenhum de nós está perdido.
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Adeus ano velho, feliz ano novo
Ando mais sonhadora do que nunca.
Listinha para 2007?
Só de lugares para conhecer, sabores para experimentar, texturas para conhecer...
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No almoço
Esporadicamente tenho companhia
Um amigo da época da faculdade
Dez anos sem o mínimo contato
Foi localizado pela Giuliana - também mackenzista - através do ORKUT
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E falando em Giuliana
Daqui a pouco Helena nasce
Daqui a pouco completa um ano em terras brasileiras
Daqui a pouco nos desencontramos novamente
E nos acharemos via MSN
Até a conexão cair
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Controlando Impulso
Hoje
Vontade de te ligar
Ontem
Te visitar de surpresa
Estava por perto
No início
Fantasiei algo bom
Onde você abria um sorriso e
Gostava do inesperado
Eu na sua porta
Mas o medo
De encontrar alguém
Além de você
Ou algo maior
Que a fantasia criada
Me fez mudar de idéia
Virei o volante
Tomei outro
RUMO
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Final do expediente
- Ká, vai ali na janela ver a sala daquele apartamento?
- Tatica, 'cê tá vicianda nesse negócio de casa e apartamento mulher!
- Vem ver, tem a sua cara! Tem duas estantes cheias de livros e...
saio correndo até a janela
- Será que é casa? Deve ser escritório...
- É casa. E ali é a sala do cara... Imagina se ele usa calça de moleton.
Falamos juntas:
- Perfeito!
