02 agosto 2007

tudojuntonumsolugar

Pelo centro da cidade, num caminhar descompromissado com os ponteiros do relógio, fica a sugestão anônima de deixar a percepção ir além. A cidade tem vida própria e, dentro dela, várias outras vidas. Na cidade há diversos continentes, inúmeras realidades e tudo no mesmo tempo meu e seu. Miséria, cultura, lamúria, ignorância, oportunidades, trânsito, transeuntes...
"...Não tenho escrito. Não há tempo, não há condições práticas, não há serenidade. A cidade ruge e invade teu espaço. Tenho me perguntado muito do sentido de continuar vivendo em São Paulo. E não encontro resposta, nem outra possibilidade..."
Cartas - página 146
Caio Fernando de Abreu*
*Em casa, me deliciando com Caio F. O livro é da Tatí e eu estou envolvidíssima e bem disciplinada. Devo acabá-lo até próxima semana e devolver - faz muito tempo que está aqui comigo - e será o segundo livro do ano (estamos em agosto!). Quero muito ler Moby Dick, mas antes vou ler os livros que me emprestaram. Na seqüência vem Uma questão de vida e sexo. Tenho certa resistência para ler dois ou mais livros. Me envolvo com as histórias. Hoje prefiro um por vez, mas não abro mão de alguma poesia antes de dormir.