01 junho 2007

Antes que eu esqueça; aconteceu ontem...

Na hora do almoço, do lado de fora do restaurante vem ao meu encontro quem? Quem? Quem? Rita Lee. J U R O e confesso que fiquei imóvel e anestesiada - talvez tenha o frio ajudado para tal efeito - mas o fato é que eu esbocei espontaneamente um sorriso e ganhei outro tão espontâneo quanto de volta. Congelei. Queria tanto dizer que tenho um livro com as canções de Rita Lee e considero biografia... Só que fiquei receosa. Disseram que ela almoça sempre naquele restaurante que vale a pena abrir um parêntese e mencionar que é um restaurante muito bom e não deixa de ser quilão. Não, você não leu errado: a Rita Lee pesa o prato meu povo! Aqui, fecha aqui o tal do parêntese.
Voltando....
A livraria onde eu comprei o livro fica duas quadras para baixo do restaurante; livraria essa que expõe suas mercadorias na calçada a preço de bagatela e é muito provável que ela sacasse que eu paguei R$ 9,90 pelo tal livro-biográfico. É; ela ia sacar. Fiquei indignada com a não-manifestação similar a minha das meninas que almoçavam comigo, eu me coloquei a falar e argumentarei de um tudo para ver se causava alguma reação e nada. Disse que às vezes eu gosto das entrevistas da Rita e outras vezes não, disse que ela é mãe do Beto Lee, e ela foi dos mutantes cara! Isso me anestesiou... Ela cantou com tutti-frutti, é a SantaRitaDeSampa. Uma santa meio desgarrada de suas origens dando pitacos impróprios em momentos inoportunos, mas tem seus - muitos - méritos na música brasileira e não sou eu quem vai tirá-los ou colocá-los a prova! Já eu, tenho CD's originais da moça, nunca assisti um show ao vivo seu, mas não há de faltar oportunidade... Se eu tivesse coragem, a primeira coisa que eu revelaria ( ou calaria? ) e algo íntimo e um tanto quanto carinhoso; diria à ela que gostaria que soubesse que eu chamo minha mãe, carinhosamente de minha Rita Lee... Quem sabe, virasse canção ou uma boa memória entre tantas que ela coleciona.