19 junho 2006

Crônica - O anônimo

Caro anônimo,
Sei que há algum tempo não vens aqui, porém deixarei alguns caracteres nesse espaço caso resolva por aqui passar. Encerramos um ciclo. Historia que teve começo, meio e fim. Quebra de padrão de teus relacionamentos: um bom começo para um fim; não acha?
Acredito que vim para contrariar a estatística da tua vida – adoro essa frase talvez porque soa como poesia. Prosa minha.
Que a amizade e os bons momentos prevaleçam. Recordações. Passeios matinais pelas ruas tranqüilas do teu bairro, a poesia onde você me chamava: Vem, o abraço apertado e a voz mansa ao pé do ouvido dizendo: “Tô aqui, foi só um pesadelo...”, o café que eu passava fresquinho e a comida japonesa que peguei gosto em comer. Passeios, viagens, trem, cachoeira, telescópio...

De você ficou a sonoridade e - por hora - isso me basta.

KK

Salva o arquivo.
Boceja e estica os braços lentamente.
Tem um cansaço diferente e talvez por isso não saiba descrevê-lo.
Amanhã vai ser outro (novo) dia.