02 março 2006

Carnaval Parte II: Alternativo

O sol da manhã de sábado empolgou para que pegássemos a estrada rumo ao interior. O trato era: ninguém dorme no carro para eu não dormir ao volante. Eu fui a única que cumpriu o trato. Paramos no Frango Assado para comer, comprar revistas, biscoito de polvilho - tradição - e algumas lambisqueiras. Eu e ela ganhamos dele uma deliciosa massagem de três minutos que rendeu muitas risadas e fotos - mico total que valeu pagar porque a massagem era muito boa, isso era! Cheguei elétrica e comecei a colocar a casa em ordem. Estávamos sem telefone, antena e campainha. O cansaço começou a bater quando recebi uma ligação e o quarto integrante disse que estava a caminho. Chegou rápido e decidimos ir às compras. O sono trouxe mal humor e irritabilidade - que com o passar dos dias foi se dissolvendo em risada, cumplicidade e carinho.
E os dias foram assim: os meninos cozinharam e nós enxugamos a louça. Todos desenharam - o Fê estava inspiradíssimo! - exceto eu que preferi fotografar. Ouvimos muita música. Pouca TV. Alguns filmes e a primeira temporada de um anime que deixou todos intrigados. Acompanhamos a votação das escolas de samba de São Paulo: gritamos muito e sofremos também. Mocidade ficou em 3º lugar e sábado sexta-feira vamos ao desfile das campeãs - sem o caveirão! Foi a primeira vez que a bateria não tirou nota 30. Passeios noturnos com conversa agradável. Privilégio de ver vagalume, OVNI, céu estrelado e ter a brisa como testemunha. Pães esquentados no forno pela manhã e café fresquinho ao longo do dia. Drinks a base de saquê. Cerveja das mais variadas origens. Colhendo jabuticaba do pé. Cantoria na cozinha - somente os clássicos da MPB e a visita inesperada de uma garça sedenta. São Paulo ficou tão longe de tudo...
Bom lugar.
Ótimas companhias.
Definitivamente o saldo foi positivo.
Carnaval alternativo terminou na noite de terça-feira e deixou saudade.
Fica a promessa para voltarmos mais e mais vezes - e que todas sejam tão boas como foi essa.