15 janeiro 2006

Tia Sukita

Quinta-feira. Chegam três carinhas de 20 anos direto de Natal para curtir São Paulo. Dos três, somente um conhecia a cidade. A propósito, ele é paulistano e meu primo de segundo grau que insiste em me chamar de tia e eu faço questão de corrigi-lo toda vez que isso acontece. Há dez anos mora em Natal. Todo o ano, nas férias, ele vinha para cá e ficava na casa da avó com as irmãs e eu sempre os levava para cinema, passeio no centro de São Paulo e outros programinhas assim.
Dessa vez a coisa foi diferente: Dani, Rodrigo e Adriano estão sozinhos num apartamento no centro de São Paulo. O que eles procuram: balada. Balada?! O que indicar? As baladas da minha época como Toro Lôco, Santa Fé, Flight 501, Jamaica, Ludovico, Merlin, Mr. Grill e outros que agora não lembro o nome não existem mais! Hoje sou adepta aos bares e botecos de São Paulo - o que com certeza eles não estão procurando ou definem como balada.
Indiquei alguns sites para eles acessarem e escolherem a tal balada. Aí, entra a tia Sukita em ação: além de descolar desconto, deixei os três na porta da balada e disse que se quisessem era só me ligar que eu ia buscá-los. E o diálogo foi mais ou menos assim:
- Ká, nós voltamos de ônibus e metrô.
- Dani, você vai ficar esperando até as cinco da manhã para pegar o ônibus. Aqui não tem metrô!
- E você acha que a gente vai embora antes desse horário?
Me despeço e volto para casa.